Rui Tavares: “Luta pela liberdade e pela igualdade são a mesma luta”

CerimÛnias do 25 de abril na Assembleia da Rep˙blica
[Fotografia: MANUEL DE ALMEIDA/LUSA]

De cravo ao peito, Rui Tavares subiu ao púlpito da Assembleia da República, em Lisboa, pela primeira vez numa sessão solene comemorativa do 48º aniversário do 25 de Abril de 1974, para um discurso em que enalteceu algumas das conquistas da ‘revolução dos cravos’, dia que “valeu por séculos”.

Recorrendo ao exemplo dos pais, o deputado do Livre começa o discurso a dizer que “esta é a nossa história”. “É a história de milhões de pessoas, muitos e muitas que não foram tudo aquilo que deviam ser. Do 25 de Abril em diante, não é só a história do pluralismo. É a história da liberdade”, considera o deputado único do Livre. “A luta pela igualdade e pela liberdade é a mesma luta”, diz.

É graças ao 25 de Abril que, segundo Rui Tavares, foi possível “aos pais e mães deste país colocar os filhos a estudarem o que queriam e onde queriam”, algo que “orgulha também os avós, que veem os netos a tirar o mestrado e planeiam tirar o doutoramento e ser o que idealizaram”.

“A democracia que construímos com o 25 de Abril, representou finalmente uma possibilidade de acesso ao ensino para todos numa escala e de uma forma que nunca tinha existido na história de quase 900 anos deste país”, vincou.

Tavares evocou o exemplo de “milhões de portugueses” que viveram toda uma vida em ditadura.

“Não é por acaso que logo que lhes foi possível, a primeira coisa que milhões de pais e mães do nosso país fizeram foi pôr os filhos e as filhas a estudar até onde eles e elas quisessem. Ainda hoje façam a experiência, agora que eles já são avós e avôs e até bisavós, perguntem-lhes o que lhes dá mais orgulho e ouvirão: a neta que acabou o mestrado e quer fazer o doutoramento, o neto que esta a fazer Erasmus”, disse.

Para o deputado único do Livre, “nada é tão importante quanto aprofundar a democracia”, “debater e escolher um novo modelo de desenvolvimento” para o país e “levá-lo a cabo”.

“É isso que devemos ao 25 de abril, agora chegou o momento de dar de volta”, rematou.

CB com Lusa