Rússia abandona Eurovisão. Julia Samoylova não vai concretizar sonho

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Depois de a Ucrânia ter interdito a entrada no país da representante russa na Eurovisão, que este ano ser realiza em Kiev, foi a própria Rússia a resolver a questão: abandona o certame musical europeu. A decisão representa um golpe forte para o certame, mas também para Julia Samoylova, cujo sonho era atual no palco do festival.

A proibição da entrada na Ucrânia – e, logo, na Eurovisão – da cantora foi anunciada em março, quando a televisão pública ucraniana emitiu um comunicado a explicar que Samoylova não poderá entrar no país por a intérprete, de 27 anos, ter atuado “de forma ilegal” na Crimeia após “a ocupação da região pela Rússia (em 2014)”.

Já no início de abril, e após ter apelado a Kiev que “reconsidere a sua decisão”, a organização do Festival Eurovisão da Canção avisou a Ucrânia que se a mesma se mantivesse, iria banir a Ucrânia das próximas edições do evento musical. A diretora-geral da União Europeia da Radiotelevisão, Ingrid Deltenre, dirigiu-se ao primeiro-ministro ucraniano, Volodymyr Groysman, referindo-se que a decisão terá “um profundo impacto negativo na reputação internacional” do país enquanto “nação europeia moderna e democrática”.

O assunto fica aparentemente resolvido com a própria Rússia a afastar-se do certame e com a estação pública de TV, o Channel One, a anunciar que não irá emitir o concurso europeu de música.

Julia Samoylova, que sofre de Atrofia Muscular Espinhal, seria a segunda concorrente da história do Festival a atuar de cadeira de rodas.

As semifinais realizam-se nos dias 9 e 11 de maio e a final está agendada para o dia 13 do mesmo mês.

Portugal marcará presença no evento com Salvador Sobral, que interpretará ‘Amar pelos Dois’. No site Eurovision World, que reúne as apostas nas canções favoritas à vitória, o nosso país encontra-se em quarto lugar, sendo apenas superados pela Suécia, Bulgária e Itália em 42 interpretações.

O Festival Eurovisão da Canção será emitido pela RTP1. O apresentador José Carlos Malato e o jornalista e crítico Nuno Galopim estarão em Kiev a comentar as atuações.