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Sabe o que é ‘covid longa’? Veja os 11 sintomas mais frequentes

[Fotografia: Istock]

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O estudo da universidade norte-americana Penn State College of Medicine coligiu dados de vários países sobre pessoas não vacinadas e que recuperaram da covid-19 e concluiu que adultos e crianças “podem ficar sujeitos a vários problemas de saúde por seis meses ou mais após a recuperação” do contágio, refere o comunicado da instituição.

De acordo com os resultados, no geral, uma em cada duas pessoas apresentou manifestações de “covid longa” a longo prazo. Segundo o estudo, mais da metade dos doentes relatou perda de peso, fadiga, febre ou dor, cerca de um em cada cinco sofreu uma diminuição da mobilidade e quase um em cada quatro teve dificuldade de concentração. Entre outros sintomas recorrentes como dor no peito e palpitações, seis em cada dez recuperados apresentaram anormalidades em exames de imagiologia ao tórax e mais de um quarto relatou dificuldade em respirar.

A estes juntam-se sintomas como dores nas articulações e perda do paladar ou do olfato e que perduram mesmo após a recuperação da doença, uma condição conhecida por “covid longa“.

“Essas descobertas confirmam o que muitos profissionais de saúde e sobreviventes da covid-19 têm afirmado, que os efeitos adversos podem perdurar”, salientou o investigador Vernon Chinchilli, presidente do Departamento de Ciências da Saúde Pública norte-americano.

“Este estudo não foi desenhado para confirmar a covid-19 como a única causa desses sintomas. É plausível que os sintomas relatados pelos doentes em alguns dos estudos analisados se devam a outras causas”, admitiu Paddy Ssentongo, professor assistente do Penn State Center for Neural Engineering.

Para esta análise, os especialistas efetuaram uma revisão sistemática de 57 relatórios que incluíram dados de 250.351 adultos não vacinados e de crianças com diagnóstico de covid-19 de dezembro de 2019 a março de 2021. Deste grupo de pessoas, com uma idade média de 54 anos, 79% foram hospitalizadas e eram residentes em países de elevado rendimento, tendo sido avaliadas durante três intervalos de tempo – um mês (curto prazo), dois a cinco meses (intermédio) e seis ou mais meses (longo prazo).

Recorde-se que metade dos mais de 236 milhões de pessoas que foram infetadas em todo o mundo pelo coronavírus SARS-CoV-2 apresentarão sintomas persistentes pós-covid seis meses depois a infeção, sugere esta mesma análise.

Para os investigadores, estes resultados recomendam que os governos, as organizações e os profissionais de saúde pública se prepararem para o grande número de recuperados de covid-19 que “precisarão de cuidados para uma variedade de sintomas psicológicos e físicos”.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.065 pessoas e foram contabilizados 1.077.186 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. A aplicar-se os resultados do estudo, poderemos estar a falar de sintomas a longo prazo sentidos por mais de meio milhão de portugueses.

CB com Lusa