Recomenda-se que leve caneta própria e desinfetante, com a obrigação do uso de máscara. Estes têm sido os pedidos feitos pelas autoridades para o dia de eleições presidenciais, 24 de janeiro, repetidos até à exaustão devido à pandemia provocada pela covid-19.
Porém, se se esquecer da caneta, nada está perdido. Primeiro, porque a Comissão Nacional de Eleições (CNE) vinca que existirão canetas disponíveis nas mesas de voto para os eleitores que se esquecerem – sendo, obviamente, desaconselhável esse uso; Segundo, as malas das senhoras são conhecidas por serem misteriosos mundos onde se encontra sempre uma solução para praticamente tudo. E, em caso de eleições, não faltam alternativas: um eyeliner, um batom ou um gloss de cor forte ou mesmo aquele marcados de brilhantes, uma caneta de feltro ou mesmo lápis de cera do filho – caso seja mãe – que ficou perdido na carteira.
Ao Delas.pt, porta-voz da CNE vinca que nada impede que se use qualquer coisa escreva. Mesmo um batom vermelho, por exemplo? A entidade diz que sim, desde que se cumpram estritamente as regras para que o voto não seja invalidado. “Independentemente, do que for usado, o voto só é válido se a cruz [um x ou um +] estiver dentro dos limites do quadrado para o efeito. O que diz a lei é que dentro daquela janela ao lado do nome do candidato têm de existir duas linhas que se interseccionem em algum ponto”, refere João Machado, porta voz da CNE. Portanto, fica de parte a hipótese de fazer a escolha do seu candidato apenas com um ponto ou um borrão, caso use batom ou uma sombra. Se fizer isto, o seu voto será inválido. Se o fizer, certifique-se que tem pulso seguro para não deixar escorregar a tinta para lá dos limites.
O porta-voz da entidade lembra ainda outro detalhe que pode anular um voto: “Se houver mancha de tinta noutro ponto do boletim, mesmo que seja apenas um pequeno borrão, tal anula” o documento. Se usar outra solução que não uma caneta, e se esta levar mais tempo a secar, como é o caso, por exemplo, do eyeliner líquido ou mesmo de um batom, então tem mesmo de assegurar que o seca bem de forma a que não manche em mais ponto nenhum.
Quanto às cores, João Machado vinca que não há impeditivos, podendo-se fazer a cruz em qualquer tonalidade, desde que seja claramente visível. Se, por exemplo, tiver uma caneta de feltro ou um lápis de cor amarelo, verde, azul, roxo, castanho, tal não comprometerá a votação. O branco, por não se ver, não será seguramente solução.
