Pode parecer-lhe estranho, mas é verdade: Kate e William não têm a custódia legal dos seus três filhos, Príncipe George, Princesa Charlotte e Príncipe Louis, e o mesmo acontecerá com Meghan Markle e o Príncipe Harry se forem pais. E tudo devido a uma lei com mais de 300 anos.
Como revelou ao site News.com.au Marlene Koenig, especialista em história da família real e fundadora do blog “Royal Musings”, o monarca é quem detém a custódia legal dos seus netos menores de idade. Esta regra remonta ao tempo do Rei George I, que governou no início de 1700 e, segundo Koenig, foi criada devido ao mau relacionamento do então rei com o seu filho, o futuro Rei George II, como forma de garantir que o Rei seria responsável pelos seus netos. Aprovada em 1717 e revista em 1772, a lei não sofreu alterações desde então.
Segundo esta lei, a custódia do Príncipe William e do Príncipe Harry pertencia à Rainha Isabel II quando estes eram menores, mas não existem certezas se a Rainha também é a responsável pelos príncipes George, Charlotte e Louis, uma vez que estes são seus bisnetos. Ainda assim, é certo que quando o Príncipe Carlos se tornar rei será ele a ter a custódia dos seus netos.
Mas o que significa realmente deter a custódia?
De acordo com o News.au.com, o monarca tem uma palavra a dizer sobre a formação e a educação dos seus netos, incluindo as viagens que fazem e a escolha dos seus tutores. No que toca à parte das viagens em concreto, já vimos esta lei em ação quando os príncipes William e Harry eram mais novos, já que o Príncipe Carlos precisava sempre de pedir permissão à Rainha para os levar em viagem. Pouco antes da sua morte, a Princesa Diana também presenciou as condicionantes desta lei, quando se viu impedida pela Rainha de levar os seus filhos numa viagem pela Austrália.
“Tecnicamente, eles precisavam de permissão para viajar. A Rainha tem a última palavra em decisões parentais como essa”, afirmou Koenig ao mesmo site. Ainda segundo a historiadora, esta lei também justifica o facto de a custódia legal das crianças nunca ter sido incluída nos divórcios do Príncipe Carlos e Princesa Diana, nem no do Príncipe Andrew com Sarah Ferguson, uma vez que “desde o início eles nunca tiveram a custódia legal dos seus filhos”.
Leis e regras à parte, Marlene Koenig acrescentou ainda que a família real não se preocupa demasiado com estas condicionantes. Resta-nos esperar pelo futuro para descobrir quais serão as decisões do Príncipe Carlos quando for rei e que implicações terão as suas decisões na educação dos seus netos.
Percorra a galeria acima para ver alguns dos melhores momentos de Kate e William com os filhos.
Herdeiras reais: Nem todas têm trono garantido, mas já têm a coroa do poder e influência
Saiba quais os presentes de aniversário que Meghan terá que devolver
