Saiba se a sua profissão a protege contra a doença de Alzheimer

pexels-olly-3791664
[Fotografia: Pexels/Olly]

Há duas profissões que parecem proteger do declínio cognitivo severo quando a vida ativa começa a desvanecer. O estudo científico publicado recentemente revela que taxistas e motoristas de ambulância podem estar mais a salvo de virem a desenvolver doença de Alzheimer.

A pesquisa, levada a cabo no Mass General Brigham and Harvard Medical School, implicou a análise meticulosa de perto de nove milhões de certificados de óbito, de 2020 a 2022, sendo as causas da morte cruzadas com as profissões que tinham em vida. Segundo a equipa de pesquisa, as pessoas que passaram a sua carreira a resolverem puzzles de navegação, deslocarem-se do Ponto A ao B, poderiam estar a contribuir para uma maior proteção do cérebro.

“A mesma parte do cérebro que é convocada para criar cognitivamente mapas espaciais – que frequentemente usamos para circular pelo mundo – está também envolvida no desenvolvimento da doença de Alzheimer”, revelou, citado em comunicado (que pode ser lido no original aqui), o autor principal Vishal Patel.

A investigação, publicada na revista BMJ, abrangeu 443 ocupações diferentes, com foco em empregos que exigem processamento espacial em tempo real (saber onde está e para onde vai depois). Os pesquisadores descobriram que taxistas (1,03%) e motoristas de ambulância (0,74%) surgiram como os campeões inesperados na saúde cognitiva e cerebral, uma manifestação que não foi tão evidente junto de quem foi motorista de autocarro (3,11%) ou piloto de avião (4,57%).

Para os cientistas, o que faz variar os resultados é se é há ou não um esquema de pensamento rotineiro. Quando não é, o cérebro parece ficar mais protegido.

Conclusões precipitadas à margem, e para o quais os investigadores pedem todas as cautelas, certo é que as atividades mentais complexas que desafiam o pensamento espacial podem potencialmente oferecer benefícios na saúde cerebral.