A época de saldos de verão já chegou e, não raras vezes, as lojas tornam-se numa espécie de “cenário de guerra” onde já nada se encontra. Que atire a primeira pedra quem nunca andou à procura de algo, no meio da confusão das prateleiras e dos cabides, e acabou por desistir de tanta procura. Uma personal shopper pode ser solução.
Para além disto, há outro cenário bastante comum: perder a cabeça no meio das mil e uma pechinchas encontradas e acabar por comprar algo que vai ficar perdido pelo armário – ainda com etiqueta. “Acima de tudo, é importante não só encontrar peças trendy mas sobretudo peças-chave que encaixem com o estilo e restante guarda-roupa, e que sejam um bom investimento a médio prazo”, explica Sara Henriques, consultora de imagem, maquilhadora e personal shopper que presta serviços através da plataforma de serviços Fixando.
A importância e papel de uma personal shopper
Numa altura de saldos loucos, cujo objetivo é comprar e poupar ao máximo, qual o propósito de contratar uma personal shopper? Sara Henriques explica, em conversa com o Delas.pt, que a pessoa contratada para cumprir esta função deve, à partida, ter “a obrigação de ajudar o cliente a pensar nas suas escolhas e, portanto, considerar ou pensar no porquê de ir comprar determinado artigo, em vez de comprar por impulso, e acima de tudo, fazer compras inteligentes“, conta a especialista.
Para Sara Henriques, o importante é adquirir peças que se saiba que vão ser úteis mais tarde e que “não vão ficar esquecidas no guarda-roupa, com a etiqueta, ainda por usar”. É vantajoso, portanto, comprar peças que estão com uma boa redução de preço e que nas suas estações normais acabam por não ser tão acessíveis.
Além do mais, acrescenta ainda a especialista em imagem, o trabalho de um personal shopper é também o de fazer uma pesquisa prévia em casa: qual o estilo do cliente, o seu tipo de corpo ou o que faz mais falta e sentido comprar, de acordo com as necessidades do seu cliente. “É um bocadinho ajudar e tirar este peso de cima do cliente”, ressalva Sara.
Estes são os principais erros nos saldos: não os cometa
Regra número um: não ir para as compras com fome. Segundo Sara Henriques, quando estamos com fome estamos também mais impacientes e, por isso, a probabilidade de cometermos alguns erros ou comprarmos por impulso é bem maior.
“Nós deveríamos sempre parar para pensar naquilo que realmente precisamos e, ao estarmos a reagir por impulso, acabamos por não o fazer. E esta situação não acontece só nos saldos, mesmo durante nas coleções normais isto pode acontecer“, explica a personal shopper.
Mas este não parece ser o motivo principal de preocupação para Sara, embora volte a ressalvar a sua importância. É importante pensar se a peça que estamos a comprar vai ou não servir para conjugar outros looks, se nos vai ou não fazer falta ou se, por outro lado, a estamos apenas a adquirir por ser moda. “Existe muito a componente emocional a condicionar as compras”, explica Sara, que nos diz que ao vermos uma peça bonita, colorida ou na moda pode condicionar a forma como olhamos para a sua utilidade.
Outro dos erros enumerados pela consultora é mesmo o facto de não experimentar a roupa antes de a comprar. “Outro dos erros, e que eu sei que é algo um bocado penoso, principalmente na altura de saldos, é o de não experimentar a roupa. Porque pensamos que algo nos serve, chegamos a casa e afinal não, depois fica aborrecido ir trocar, e acabamos por ficar com uma peça que não nos vai servir de muito e não lhe vamos dar a devida utilização e, de certa forma, acabamos por estar também a perder dinheiro“, remata Sara Henriques.
Pegue no bloco de notas: o que evitar ao máximo nos saldos e o que comprar
Sara Henriques admite que atualmente existe um consumo muito desenfreado e existe a preocupação em consciencializar. “Ultimamente há um consumo muito desenfreado e não damos valor àquilo que estamos a comprar, não percebemos a composição das peças, não percebemos, os seus material”, afirma a especialista.
É muito importante, segue a explicar, que tenhamos atenção aos materiais das peças compradas e ressalva ainda a ideia de que, nesta altura do ano, o linho e o algodão são mesmo as melhores apostas.
Nos saldos, há um tipo de roupa que as pessoas tendem a não olhar como prioridade: a roupa interior. “Na minha opinião, há algo que tendemos descorar muito, que é a nossa roupa interior. Pelo que eu tenho visto, há muitas pessoas que não fazem dela uma prioridades, mas acredito que na altura dos saldos há muitas boas oportunidades para comprar este tipo de peças: lingerie e pijamas“, aconselha a consultora.
Também as calças de ganga, que são uma peça para qualquer estação, bem como sapatos e casacos são as melhores opções para adquirir nesta época de saldos, até porque são peças intemporais e que, por norma, sem saldos, são monetariamente menos acessíveis. Também na parte de estética, Sara Henriques aconselha que existem bons descontos em lojas de qualidade, que acabam por compensar.
Mas afinal, quanto custa ter uma ‘personal shopper‘ só para nós?
Sara Henriques começa logo por explicar que os valores deste serviço variam de profissional para profissional, bem como do serviço pretendido. “Enquanto profissional, percebo que os meus clientes para além de terem de investir no meu serviço, também vão ter de investir nas roupas ou acessórios que querem comprar, portanto, não gosto de causar esse desconforto ao meu cliente e acabo por cobrar um preço que, a mim, me parece ser justo“, explica.
Um serviço mínimo de três horas em shopping, sendo que existe um trabalho prévio feito pelo personal shopper de saber o que pretende comprar – de acordo com as necessidades do seu cliente – pode variar entre os 150€ e os 250€. Há também a possibilidade deste serviço ser feito online, o que também altera o valor da prestação e, claro, de acordo com o facto de a compra ser só de roupas e sapatos ou acrescentar também a cosmética acaba por alterar o valor.
Já que uma das recomendações da especialista é apostar na roupa interior nesta época de saldos, veja na galeria de imagens acima algumas das melhores opções disponíveis no mercado.
Mais de 30 peças que não pode deixar escapar nos saldos de primavera
