Salma Hayek. Donald Trump gastou 108 mil euros por um jantar com ela

Ninguém diria que alguém que gerou tanta polémica, ao classificar a comunidade mexicana nos EUA de “criminosos e violadores”, há um ano, tivesse disposto a pagar 108 mil euros para um jantar com Salma Hayek, nascida em Coatzacoalcos, no México. Mas foi precisamente isso que Donald Trump fez.

A imprensa internacional teve agora acesso à informação que prova que, numa gala de beneficência organizada pela Gucci em 2008, o candidato presidencial republicano ganhou um leilão para visitar a vinha Chataeu Latour, que pertence à família do marido de Salma Hayek, o bilionário francês François-Henri Pinault, em Paris, e ainda para jantar com a atriz mexicana e o marido no mesmo local.

A imprensa baseia-se agora em documentos relativos a impostos para afirmar que Donald Trump pagou 108 mil euros para vencer esse leilão, dinheiro esse que não terá saído do seu bolso, mas sim do orçamento da fundação solidária que criou e à qual deu o seu nome. A imprensa internacional tem também destacado outro facto: que o candidato republicano à Casa Branca tem por hábito vangloriar-se das suas doações solidárias, nomeadamente o churrasco que organizou em 2001 e que diz ter angariado um milhão de dólares, apesar de os registos da fundação apenas mostrarem uma doação de metade desse valor.

Apesar do valor pago no leilão, uma fonte próxima de Trump contou ao Buzzfeed News que o magnata não chegou a efetuar a visita e a jantar com Salma Hayek e o marido, não se conhecendo a razão para tal, ou se o candidato a presidente dos EUA resolveu oferecer o prémio a outra pessoa.

Curiosamente, a relação entre a atriz mexicana e o candidato republicano não tem sido pacífica na esfera pública. No verão do ano passado, e face aos comentários de Trump sobre os imigrantes mexicanos nos EUA, considerados por muitos como xenófobos, Salma Hayek frisou num programa de TV norte-americano: “Não me sinto insultada porque a estupidez não me insulta. Toda a gente tem direito a ter opiniões desinformadas. Toda a gente tem direito a ser burra. Mas eu não sou burra, por isso consigo ver as coisas através da manipulação. Temos todos algo a aprender com isto”, disse.