A atriz de 51 anos quer ver a desigualdade salarial vencida e diz que, para tal acontecer, os homens têm de tomar o pulso a esta matéria e devem aceitar reduções salariais. “Já não se trata apenas dos produtores”, “isto também diz respeito aos atores”, afirmou a atriz durante o debate Mulheres no Cinema, que decorre no âmbito do Festival de Cannes.
“O tempo é agora (numa alusão ao movimento #Time’s Up). Foi uma boa caminhada, mas agora é a altura de ser generoso para com as atrizes”, acrescentou Hayek, que há quatro anos integra este painel e tem sido uma das vozes mais audíveis do #MeToo (ela própria denunciou o produtor Harvey Weinstein) e do #Time’s Up.
“Se os atores pedem remunerações tão inflacionadas, pouco resta para as atrizes. Se o orçamento de filme for de 10 milhões de dólares (8,4 milhões de euros), o ator tem de entender que, se ganhar 9,7 milhões (8,1 milhões de euros), será difícil conseguir depois a igualdade”, disse a atriz ordinária do México.
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Imagem de destaque: Regis Duvignau/Reuters
Cannes arranca com júri no feminino mas poucas mulheres em competição