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Saltos altos: contrarie os efeitos na saúde sem perder a elegância

Percorra a galeria e veja os conselhos do ortopedista, Luís Teixeira [Fotografias: Shutterstock]
1) Escolha bem o calçado: “É muito importante que os saltos altos, permitam que o pé tenha estabilidade, o que será possível com bases mais largas, evitando também futuras quedas.”
2) Fuja das alturas: “Evite o salto excessivamente alto e opte no máximo por 3/4 cm de altura.”
3) O seu número: “Muito importante é também que respeite o seu tamanho de calçado, para que o sapato não fique nem apertado, nem folgado.”
4) Respeite o formato dos pés: “Além das dores, o salto alto favorece a torção do tornozelo e, com o avançar da idade, aumenta o risco de quedas e fraturas secundárias. Além disso, a compressão pode afetar a circulação e causar dores e tensão nestas regiões.”
5) Alongamentos isquiotibiais: “Faça alongamentos da perna e dos pés diariamente, além da prática regular de exercício físico. Estes exercícios são importantes para prevenir o aparecimento de dores e inflamações.”
6) Descalce-se: “Sempre que possível, sente-se, retire o calçado e apoie os pés no chão de forma a corrigir a sua postura e a diminuir a sobrecarga nas estruturas da coluna, ao mesmo tempo que alivia a pressão que o peso do corpo exerce sobre os pés.”
7) Fuja dos saltos agulha: “Opte por saltos mais largos que concedam mais estabilidade à passada. Modelos de salto agulha devem ser evitados, sobretudo se muito altos.”
8) Limite o uso de saltos: “Limite o uso deste calçado a dois, máximo três dias por semana. E nos dias de descanso, procure reforçar as caminhadas.”
9) Hidrate-se: “Uma hidratação adequada é muito importante para prevenir caibras e para garantir que todos os músculos estão a trabalhar corretamente.”

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Saltos altos e saúde nem sempre combinam. Tornozelos, calcanhares e gémeos são os primeiros a sofrer com o seu uso inadequado, mas não são as únicas partes do nosso corpo a ressentir-se. Logo a seguir são a coluna e as dores nas costas a manifestarem-se.

Luís Teixeira, médico ortopedista e fundador da associação Spine Matters, deixa alguns alertas a quem não dispensa a elegância esse calçado.

“Este tipo de sapato pode desequilibrar a zona muscular que apoia a articulação do tornozelo, causando instabilidade, mas também perturbações da coluna vertebral. De facto, os saltos altos alteram a forma de andar, uma vez que inconscientemente modificam a postura (ombros mais para trás, cabeça mais para a frente). E esta ligeira alteração, causa uma angulação diferente na coluna que tem um grande impacto nas articulações, calcanhar, tornozelos, e também nos joelhos”, começa por explicar o especialista.

“Além disso, a longo prazo, esta incorreção na postura pode contribuir para lesões do foro músculo-esquelético”, alerta.

O médico ortopedista, especialista em patologia da coluna vertebral, adianta que não são apenas as dores nos pés que se fazem sentir: “A postura forçada pelo uso dos saltos altos, acaba por alterar a sua postura, afetando a zona do trapézio e também a região lombar.

Ainda assim, não é preciso excluir totalmente este tipo de sapatos do guarda-roupa, desde que haja algum equilíbrio na escolha do sapato e na regularidade do seu uso. Na galeria, em cima, Luís Teixeira deixa alguns conselhos que podem atenuar os efeitos mais negativos dos saltos altos.

AT