Sara Sousa Pinto: “Ainda não estou a cem por cento, estou em recuperação”

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[Fotografia: Facebook]

Um mês depois de ter abandonado as manhãs da TVI, Sara Sousa Pinto está de regresso à companhia de Nuno Eiró e, nesta segunda-feira, 12 de dezembro, já apresentou o programa Há Festa a partir do Hospital de D. Estefânia, em Lisboa.

Foi durante um intervalo no direto que a jornalista conversou com o Delas.pt e lembrou os momentos de drama que viveu durante cerca de um mês, no qual só se levantava da cama para ir à casa de banho.

Sem querer esclarecer completamente a doença – “porque as pessoas podem ir procurar, erradamente, ao Google” -, a comunicadora deu algumas pistas do drama pelo qual passou juntamente com a família – teve sempre a companhia da mãe, que tirou férias.

“Não é uma coisa comum. Não digo o nome em específico porque as pessoas têm a tendência de ir ao Google pesquisar e como os sintomas, à partida, podem parecer semelhantes, depois começam logo a achar que têm o mesmo. Recebi muitas mensagens de pessoas a perguntar o nome do meu neurologista, mas eu não posso dar, porque é algo muito raro que tem de ser diagnosticado”, começa por referir.

“No meu caso o diagnóstico demorou quase um mês, tive de fazer quatro ressonâncias, uma muito específica que durou mais de uma hora e meia e eu fechada naquela caixa com um capacete… foi um mês horrível, eu ainda não estou a cem por cento, estou em recuperação e sou acompanhada todos os meses“, acrescenta.

Quanto ao problema em concreto. “Foi uma questão da medula. Eu não conseguia estar de pé, era como se o liquido da medula não chegasse à cabeça. Então tinha que estar deitada. O que quer dizer que estava totalmente incapacitada e dependente de outras pessoas porque tinha de estar 24 horas por dia deitada”, conta.

Sara Sousa Pinto tem de fazer agora “tudo com muita calma”: “Canso-me com facilidade e não posso estar muito tempo em pé, mas sinto-me com mais energia”, garante.

Em estúdio, no Esta Manhã, Sara põe “a energia toda naquelas três horas em direto”. “Tenho de me obrigar a por um travão, porque com a adrenalina do direto às vezes perco um bocadinho a noção do que posso ou não fazer e quando chego a casa sofro as consequências“.

Sara Sousa Pinto sentiu que estava pronta para voltar quando teve o “ok” do médico. “Comecei a tomar uma medicação diária muito forte para perceber se me conseguia adaptar, nos primeiros dias fiquei um pouco dormente, é normal. Agora já me sinto em pleno”.

“É uma coisa do foro neurológico, não é crónica, que vá ficar para a vida, porque o risco de voltar a acontecer pode ser grande. Não posso fazer exercício, estou proibida, e só ao fim de semana é que voltei a usar saltos”.

A família ficou em “pânico”. “A parte mais difícil disto foi eu ter de esconder o meu pânico para não os preocupar ainda mais. A minha mãe tirou férias para cuidar de mim, porque a única coisa que fazia sozinha era ir à casa de banho”.

Neste momento de drama, Sara Sousa Pinto faz um balanço da vida. “Neste momento de incógnita passa-nos tudo pela cabeça. No primeiro exame, uma TAC, despistei logo o pior. Foi isso que me deu alguma serenidade para me manter focada na recuperação”.

Para já, gere “todos os meses a evolução”. “Para 2023 quero ter saúde, quando passamos por elas é que damos valor! Tive esta doença do nada, um dia acordei e estava assim, obrigou-me a estar deitada a desistir de tudo aquilo que me fazia feliz”, remata.