Sauvage: o novo restaurante da moda com uma selva em plena Lisboa

Quem passar pelo número 9 da Avenida António Serpa vai facilmente reconhecer a morada do antigo Masstige. O restaurante fechou, no entanto dois dos antigos sócios, António Maria Carrilho e Rui Jacomé, não deixaram o espaço ganhar pó. Puseram mãos à obra e no início deste ano abriram o exótico Sauvage, que herdou o papel de parede tropical do Masstige, uns bonitos candeeiros de vidro soprado e o pátio interior, mas ganhou um corredor de plantas que se assemelha a uma Amazónia.

A decoração segue os padrões da moda, com muitas referências a plantas e cores vibrantes, entre o verde, o amarelo, mas também o preto e o branco. O menu, assinado pelo chef Ricardo Gonçalves (que veio da Enoteca de Belém), é também composto por uma série de pratos que estão em voga. Os tacos de porco desfiado, que se desfazem na boca, o original niguiri de pato fumado ou o bolo do caco com caranguejo de casca mole são apenas alguns dos exemplos de comida do mundo que se encontra no Sauvage.

“Numa recente viagem ao México inspirei-me muito nestes pratos de street food”, conta o sócio António Carrillho numa das três salas do restaurante, onde se vai ouvindo bossa nova e cúmbia. “A carta do Masstige tinha muitos pratos, incluindo pregos e hambúrgueres, mas no Sauvage optámos por ter mais estes pratos de comida de rua para os clientes poderem dividir”. É por isso que a secção de entradas oferece 9 opções diferentes, que podem ser partilhadas.

No entanto, também é possível começar a refeição com uma entrada e seguir logo para os pratos individuais. A carta divide-se em secções do mar e da terra e, se na primeira sugestão há que provar o bacalhau lascado com batata à portuguesa, cebolada e gelatina de salsa; na segunda, o magret de pato com couve romanesca e molho de laranja e brandy é também uma boa forma de fechar parcialmente a refeição, porque as sobremesas merecem ser provadas. A panacotta diferencia-se por juntar chocolate e um zest de laranja ao coulis de frutos vermelhos e a mousse de chocolate com mascarpone e nougat de amendoim vai agradar aos mais gulosos.

“Fazemos todos os processos de raiz na cozinha, como os molhos, mas também no bar. Os nossos cocktails são feitos com ingredientes reais”, frisa ainda António, referindo-se ao menu de bebidas em que os cocktails foram batizados com nomes que todos conhecemos: King Kong, Baloo e Mogli. Não haja dúvidas que este restaurante é sauvage.

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