Scarlett Johansson comete o maior ‘pecado’ da Gala MET. E ganha!

O vestido era floral, feminino, clássico e elegante. Em certa medida, a escolha que a atriz Scarlett Johansson fez para comparecer na passadeira vermelha da gala MET de 2018 quase que passava na absoluta discrição quando se assiste a um festival de pecados, provocações e exuberância em torno da simbologia da Igreja Católica.

Mas, olhando ao detalhe, não é bem assim e a estrela de Hollywood escolheu passar a mais contundente das mensagens para as mulheres, dando eco a um ‘pecado’ que tem estado na ordem do dia: o assédio sexual.

Johansson usou um vestido da casa Marchesa, nada mais, nada menos do que a empresa de Georgina Chapman, a ex-mulher do polémico produtor Harvey Weinstein e que interpôs um processo de divórcio na sequência da onda de denúncias por assédio sexual protagonizadas pelo marido e sobre estrelas femininas da sétima arte norte-americana. Verdadeiras revelações em catadupa no âmbito do #MeToo.

Com esta aposta de Scarlet Johansson – uma das mais ativistas pelas questões das mulheres – é dado o pontapé de saída para que a marca de Georgina saia da sombra e do clima de suspeita para voltar à ribalta. É, ao mesmo tempo, o pretexto para a redenção da própria dona da marca, também ela, afinal, mais uma das vítimas de Weinstein. Mas de uma forma completamente diferente.

Recorde-se que, aquando das primeiras acusações de agressões sexuais, houve um boicote ao uso da marca quer nos Globos de Ouro, quer nos Óscares por parte de estrelas internacionais. Afinal, era de eventual conluio que se falava. Sobretudo depois de várias atrizes, entre elas Felicity Huffman (a Lynette Scavo da série Donas de Casa Desesperadas) terem revelado que Weinstein as tinha obrigado a usar vestidos da insígnia em momentos oficiais, chantageando-as com a anulação de contratos caso não o fizessem.

Imagem de destaque: Carlos Allegri/Reuters

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