Se está grávida e quer viajar, estas são as regras que tem de cumprir

Gravidez e viajar são duas ações que, quando bem conjugadas, podem e devem ser praticadas. No entanto, existem algumas regras de ouro importantes na hora de escolher as viagens. Questionado pelo Delas.pt, o Dr. Domingos Vaz, especialista em ginecologia-obstetrícia no Hospital da Luz, Lisboa, esclarece: “Por norma, há dois condicionamentos. Um são as companhias aéreas, outro é a duração dos voos”.

De acordo com o médico de especialidade, dificilmente as companhias aéreas transportam mulheres grávidas a partir das 36 semanas de gestação. No entanto, cada empresa fixa o seu limite. “Algumas a partir das 32 ou 34 semanas já não permitem que a grávida viaje e essa decisão, normalmente, está ligada à duração das viagens”, adianta, clarificando: “As companhias que voam apenas na Europa são mais permissivas, e as que fazem viagens de longo curso (Maldivas, África, Estados Unidos) são mais restritivas”.

Voos com duração curta, de duas a três horas, são classificados como baixo risco, uma vez que grávidas com complicações a bordo podem ser, mais facilmente, encaminhadas para serviços de urgência. “As complicações em voo são as mesmas do que em terra, como contrações, o romper a bolsa ou ter uma hemorragia. Mas quando são voos transatlânticos pode ser muito mais complicado de se resolver”, afirma.

Ainda de acordo com o médico obstetra, é comum e aconselhável levar um atestado médico a partir do momento em que a gravidez se torna visível, cerca das 22 semanas – sendo que algumas companhias aéreas chegam mesmo a pedir este relatório.

Também os seguros de saúde e planos de emergência (caso aconteça um contratempo, em viagem) devem ser contemplados pelos progenitores. “É importante saber quais os contactos de emergências, quais os hospitais mais perto… E não esquecer a consulta do viajante, que é ainda mais importante quando falamos de gravidez. Algumas vacinações e comprimidos podem não ser aconselháveis a mulheres grávidas”.

No entanto, segundo o Dr. Domingos Vaz, a última decisão cabe mesmo aos pais, que devem responsabilizar-se pela opção tomada. Caso se mantenha a vontade de uma viagem longa é importante manter algumas atitudes durante o voo. “Levantar de duas em duas horas ou pelo menos mexer os dedos dos pés, se houver derrames e varizes usar meias de contenção elástica, esvaziar a bexiga, hidratar-se e não consumir bebidas com gás” são algumas das sugestões do médico.

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