Vêm aí sete mil horas de formação contra violência sobre as mulheres

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[Fotografia: Pexels/Ekaterina Bolotvsova]

A secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, anunciou esta quarta-feira, 18 de janeiro, “sete mil horas de formação certificadas pelo Instituto Nacional da Administração (INA)”, após já terem decorrido “362 sessões com mais de quatro mil profissionais da Administração Interna, Saúde, Segurança Social”, entre outros. Recorde-se que esta entidade tem ministrado cursos de formação conjunta no âmbito da “Violência Contra as Mulheres e Violência Doméstica”.

Isabel Rodrigues a nova secretária de Estado da Igualdade e Migrações [Fotografia: Mário Cruz/Lusa]
Isabel Rodrigues a nova secretária de Estado da Igualdade e Migrações [Fotografia: Mário Cruz/Lusa]
Anúncio que foi feito pela governante e na sequência de ter falado, na Comissão de Assuntos Constitucionais, na aposta, em 2023, da “profissionalização da prevenção” no que diz respeito à violência doméstica, de género e contra às mulheres.

Instada pelas deputadas a detalhar sobre o que quer concretamente afirmar como “profissionalização”, a secretária de Estado, numa segunda ronda, falou na criação de “um grupo coeso com linguagem comum, comunicação ágil e que seja técnica e cientificamente consolidado”.

Especifica depois uma “maior integração de diversos projetos, assegurar que todas as pessoas que estão a trabalhar na violência doméstica tenham formação técnica adequada e que haja grande articulação”.

A governante considera que o trabalho nas escolas deve passar pelo “reforço do contacto das crianças e jovens com as ações de prevenção, elas podem acontecer em espaços ao longo da vida escolar precisamente porque estamos a falar de desconstrução de estereótipos e representações”.

Já sobre a saúde mental e as vítimas e violência, Isabel Rodrigues revela que o “protocolo com a Ordem dos Psicólogos está perfeitamente em execução na zona norte, centro e Alentejo, tendo atendido em 2022 um total de 9569 crianças”.

Disse também que, em matéria de prevenção e combate à violência doméstica, o Governo tem três grandes objetivos: o reforço da prevenção primária dirigia a crianças e jovens, mas também agressores; o afastamento, sempre que possível, do agressor; e a autonomização das vítimas, para que a transição da casa abrigo e o retomar da sua vida aconteça da forma mais rápida possível.