Seis organizações denunciam casos de maus tratos judiciais contra mulheres

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Seis organizações espanholas que prestam apoio a vítimas de violência de género apresentam hoje ao Conselho Geral do Poder Judicial de Espanha uma denúncia contra a maneira como são tratadas as mulheres que procuram justiça.

“As associações que apoiam diretamente as vítimas de violência de género constatam que as mulheres que procuram proteção e justiça perante certos tribunais acabam muitas vezes com mais razões de queixa”, argumentam.

A denúncia será subscrita pelas principais organizações não-governamentais representativas das mulheres espanholas, nomeadamente a Federação das Mulheres Progressistas, a Fundação Mulheres e Themis, Federação de Mulheres Separadas e Divorciadas, a Associação de Mulheres Opañel e a Comissão para a Investigação de Maus Tratos sobre as mulheres.

Dedicadas ao apoio às mulheres durante os processos judiciais, estas associações assinalam que “os maus tratos judiciais” não são atos isolados, mas sim um padrão cada vez mais frequente”.

As organizações vão apresentar como exemplo o caso de Isabel López, que irá descrever ao Conselho Geral do Poder Judicial “a sua experiência em processos judiciais como vítima de violência sexista”.
Isabel apresentou uma queixa num tribunal em Arganda del Rey (Madri) depois de ter sido agredida pelo seu companheiro, e terminou acusada e com uma ordem de restrição, porque o alegado agressor, por sua vez, apresentou uma queixa contra ela.

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