Sementes de saúde

As sementes entraram definitivamente na alimentação dos portugueses. No pão, em saladas, sopas, sobremesas e até sozinhas. Fazem bem à saúde, garante a ciência. Fique a conhecer as seis sementes do momento e quais os seus benefícios.

Abóbora

Quem nunca comeu pevides? Entre os seus muitos minerais destaca-se o magnésio, essencial aos sistemas nervoso e cardiovascular. E ainda o zinco, valioso para a vitalidade do escudo imunitário, prevenindo constipações, fadiga crónica ou depressões, e também útil na prevenção de alguns tumores, como o da próstata. As pevides estão cheias de vitaminas, não faltando as do complexo B ou a vitamina E, e têm também triptofano, um químico natural que melhora o humor e contribui para boas noites de sono. São também conhecidas pelas suas capacidades de desparasitar.

Cânhamo

As sementes de cânhamo são uma ótima fonte de ácidos gordos ómega 3 e ómega 6, fundamentais para o bom funcionamento do cérebro, do sistema cardiovascular, dos músculos e articulações, bem como para a resistência e a beleza da pele. Destacam-se ainda por possuírem os vinte aminoácidos essenciais, incluindo os que o corpo humano não consegue produzir. Ou seja, são ricas em proteínas de qualidade. Como usá-las? Muito adaptáveis, podem ser adicionadas a batidos, saladas e cereais ou usadas para fazer um nutritivo leite de cânhamo.

Chia

Estas sementes exóticas, outrora sagradas para os nativos sul-americanos, usam-se em quase tudo. Apesar de não serem milagrosas, oferecem inúmeros benefícios. Os principais são a elevada proporção de ómega 3 e o alto teor de cálcio, mais abundante do que no leite. Depois há outros minerais, variadas vitaminas e antixidantes, bem como fibras e aminoácidos, uma mistura que as torna úteis para a saúde óssea e articular, o bem-estar cardiovascular, a manutenção de energia ou o tratamento de doenças crónicas como a diabetes ou a de  pressão. E também para a desintoxicação do organismo. Têm, aliás, a fama de ajudar nos regimes de emagrecimento, pois em contacto com água aumentam o seu peso até cerca de 10 vezes, tornando-se muito saciantes.

Girassol

Quando se começa a comer sementes de girassol é difícil parar. Embora a presença de ómega 3, ómega 6 e gordura insaturada as tornem aliadas do bem-estar cardiovascular e de uma pele saudável, transformam-nas igualmente num petisco calórico. Com peso e medida, estas sementes são uma fonte privilegiada da antioxidante vitamina E, bem como de diversos minerais antirradicais livres, como selénio ou cobre. Resultado? Ajudam à resistência do sistema imunitário, inibindo a proliferação de células cancerígenas. Mais: graças a outros minerais, como magnésio, potássio e fósforo, contribuem para o relaxamento muscular. E, como todas as sementes, são generosas em fibra amiga do sistema digestivo.

Linhaça

São conhecidas, a par das sementes de chia, como uma das melhores fontes vegetais de ómega 3. Possuem também um poderoso efeito antioxidante, sendo consideradas preventivas de alguns cancros, nomeadamente de origem hormonal, como o da mama ou o da próstata. Não esquecer o seu papel protetor do aparelho digestivo, sobretudo do intestino, graças à riqueza num tipo especial de fibras. Para obter um eficaz laxante caseiro, basta deixá-las de molho num copo de água durante a noite e beber o gel formado logo pela manhã. Outra forma de as consumir é juntá-las aos cozinhados. Combinam com arroz, saladas, hortaliças ou legumes adocica  dos. E lembre-se: para aproveitar as gorduras benéficas devem ser moídas imediatamente antes de usar; caso contrário saem do organismo como entram – inteiras.

Sésamo
Levemente tostadas, como na cozinha oriental, enriquecem pratos de legumes, arroz ou saladas. Mas também podem ser adicionadas a pães, massas ou doçaria. E moídas transformam-se em tahini, uma pasta cremosa muito usada na cozinha do Médio Oriente e não só. A sua vantagem? Serem um dos alimentos mais ricos em cálcio e possuírem sesamina, uma fibra especial que, além de ser antioxidante, mexe com as nossas hormonas a ponto de ajudar a reduzir o risco de cancro da mama. Outros dos seus benefícios, derivados da riqueza em minerais e vitaminas, e também em gorduras insaturadas, passam por ajudar a equilibrar o sistema nervoso, regular o colesterol e a tensão ou prevenir a osteoporose.