“Sensualidade e bom senso”: Série erótica ‘O Clube’ estreia-se no “streaming” da SIC

É, a par de A Generala, com Soraia Chaves, a série mais promovida nas últimas semanas pela SIC: O Clube estreia-se esta sexta-feira, 18 de dezembro, na plataforma de streaming OPTO e mostra a noite lisboeta como nunca a viu, com muita sensualidade e algumas das mais conhecidas atrizes portuguesas em cenas ousadas.

O Clube, que mostra a luta pelo poder na noite na capital, com o lobby do sexo, da política e da segurança, conta no elenco com nomes sonantes como Vera Kolodzig, Filipa Areosa, Sara Matos ou Luana Piovani.

O Delas.pt esteve à conversa com as duas primeiras intérpretes, que estão de acordo num pormenor: apesar das cenas tórridas que são retratadas entre a abertura de uma garrafa de champanhe e a degustação do famoso bife do lombo, “há sensualidade e bom senso”.

“Este é o papel mais revelador no sentido em que mostro mais o corpo. Sem dúvida”, admite Vera Kolodzig. “Não achei as cenas difíceis. Estou muito à vontade com o meu corpo e acho que as cenas íntimas têm de ser encaradas com naturalidade e profissionalismo. Além disso, confio plenamente na realização da Patrícia Sequeira. Ela sabe exatamente o que quer, o que nos dá muita confiança”, acrescenta.

Vera Kolodzig garante que não descobriu nenhuma sensualidade que já não soubesse que existia. “Acho que já tinha descoberto. Não sou nada pudica e acho mesmo que a sensualidade e sexualidade têm de começar a ser vistas com a naturalidade com que as vivemos!”

A atriz – que vai estar em simultâneo na RTP1, ao lado de João Paulo Rodrigues, no programa 100 Por Cento Português -, trocou impressões com mulheres que trabalham no mundo da noite.

“Fomos visitar um clube noturno em Lisboa e vi vários filmes e documentários. Foi fundamental para conseguir absorver as histórias e desenhar o papel, sem julgamentos ou juízos de valor. Todas as pessoas que conheci têm razões muito fortes para estar nessa área, gostei de saber mais sobre elas”.

Admite que não tinha qualquer opinião formada. “Simplesmente ganhei informação. Não tinha uma opinião formada porque nunca me tinha debruçado muito sobre o tema. Aprendi muito com todas as histórias e espero que o público receba cada uma destas personagens e que veja que, além da profissão, cada uma tem a sua história e essência, tal como na vida real“.

Da “noite para o dia” é a mudança da sua Zé da novela da TVI Espírito Indomável – que a estação repôs recentemente -, para a sua Maria em O Clube: as roupas largas e o andar masculino dão lugar a uma mulher muito sensual.

“É essa possibilidade de me transformar que me atrai tanto nesta profissão. Nós, atores, não calçamos os sapatos dos outros, vestimos a pele dos outros e isso é um desafio inegável, sempre. Seja qual for a personagem. A Zé foi um dos maiores desafios do meu percurso, por toda a construção que exigiu, mas esta minha Maria também me está a dar um gozo enorme! Sinto também que tenho outra maturidade e que isso se reflete nesta personagem”, conclui Vera Kolodzig.

“Já fiz cenas mais ousadas”

Em destaque na série vai estar, também, Filipa Areosa. A atriz, que este ano brilhou no papel de Bárbara, na novela da SIC Nazaré, é agora Jessica, uma rapariga acaba de chegar a esta casa. Ao telefone com o Delas.pt enquanto prepara o jantar, a ex-namorada do ator Tiago Teotónio Pereira começa por descrever o novo projeto da OPTO. “Tem muita sensualidade e não vai para o lado brega. Não são cenas demasiado expostas”, considera.

Sobre o que os telespetadores vão ver no ecrã, lembra outros trabalhos: “Já fiz cenas bem mais ousadas”, adianta, numa recordação, por exemplo, da peça de teatro Doença da Juventude, na qual beija Carolina Carvalho. “Entretanto, fiquei mais velha e aprendi a lidar com as coisas de outra maneira”, acrescenta a intérprete, que, em matéria de “bom gosto”, sabe a quem deve estar grata. “Apesar da sensualidade houve muita sensibilidade. É um projeto com bom gosto e nisso o nosso diretor, Daniel Oliveira, teve um papel essencial!”

Nas recordações da série, Filipa Areosa lembra a visita ao Elefante Branco. “Falámos com muitas pessoas e claro que serviu para me inspirar”, diz a atriz, à despedida.