O ano de 2020 é atípico em todas as suas vertentes: socialização, emprego, saúde, férias. Há poucas áreas que a pandemia da Covid-19 não tenha tocado e isso torna-se não só cansativo como também, em certa parte, traumatizante.
Quase todos nós enfrentamos uma maior crise de stress e ansiedade. O combate por um inimigo invisível e a incerteza de quando tudo voltará ao normal – e se volta – faz com que os nossos níveis de stress aumentem significativamente. Temos cada vez menos distrações, uma vez que passamos muito mais tempo em casa e os dias parecem-nos agora todos iguais. Será que já passou um mês ou seis?
Sente dores musculares, mais cansaço e cada vez menos vontade de estar ativa? Saiba então que o stress faz com que os nossos corpos libertem mais cortisol, hormona responsável por nos dar mais energia e fugir dos nossos perigos. Sendo que estamos a fugir de um amigo invisível que, por sua vez, nos deixa mais inativos, esta hormona do stress acaba por não ser gasta e fica armazenada no nosso corpo, que está agora sempre em alerta.
O cortisol, quando libertado durante longos períodos de tempo, pode enfraquecer o nosso sistema imunitário, aumentar inflamações e aumentar também o risco de depressão. Ao mesmo tempo, existem alguns sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, fadiga, problemas digestivos, acne, que podem ser sinónimo desta mesma hormona.
Outra situação que tem acontecido, é que o nosso cérebro tende a querer tomar mais decisões como forma de se distrair das suas fontes de stress: mudar de emprego, mudar de casa, mudar de cidade. Sim, parece estranho mas várias pessoas estão a tomar agora algumas decisões que já haviam sido pensadas mas que tinham sido sempre renegadas por algum motivo.
Esse é também um dos motivos pelos quais sentimos que crescemos e amadurecemos tanto nos últimos meses, fazendo com que pareça que se tenha passado anos e não meses. Isto não tem de ser mau, desde que arranje mecanismos positivos que o compensem.
