O mundo do ténis e dos apreciadores desta modalidade ansiavam pelo embate feminino dos oitavos-de-final entre Serena Williams – regressada após um longo período de maternidade, num modelo de competição que já suscitou críticas – e Maria Sharapova, no Roland-Garros.
No entanto, a tenista norte-americana acabou de anunciar a desistência da prova devido a problemas musculares. Em declarações à imprensa, Serena revelou que a lesão a estava a impedir de servir, comprometendo o seu desempenho.
Em declarações à imprensa, esta segunda-feira, 4 de junho, a tenista lamentou a desistência – a primeira da sua carreira nesta circunstâncias – sobretudo porque ia jogar contra Sharapova. “Adoro jogar com a Maria, o nosso jogo combina muito bem, motiva-me sempre. Estou desapontada”, referiu.
A decisão surgiu após exames feitos na véspera, que indicaram a impossibilidade de Serena pisar os courts. Sem meias palavras, a desportista falou em desapontamento e frustração. “Abdiquei de tanto tempo da minha filha e da minha família por isto. É muito frustrante. Nunca senti isto na minha vida, é muito doloroso. Coloquei todos os meus esforços neste regresso… para este momento.”
“Abdiquei de tanto tempo da minha filha e da minha família por isto”
Quando confrontada com a possibilidade de estar plenamente recuperada para Wimbledon, a norte-americana é cautelosa: “Vou fazer uma ressonância magnética amanhã, vou ficar aqui e ouvir alguns médicos, mas não sei nada sobre [Wimbledon] isso”, admitiu, em conferência de imprensa.
A desistência de Williams faz com que Sharapova ganhe acesso direto aos quartos-de-final, eliminatória onde enfrentará a vencedora do jogo entre a espanhola Garbiñe Muguruza e ucraniana Lesia Tsurenko. Recorde-se que Maria Sharapova foi suspensa das competições durante 15 meses, depois de, em 2016, ter acusado ‘positivo’ num teste antidoping.
Imagem de destaque: Benoît Tessier/Reuters