Sete peixes com alto teor de mercúrio a evitar. E há três grupos em maior risco

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[Fotografia: Pexels/ Oleksandr Pidvalnyi]

“Sardinha e cavala são algumas das opções a privilegiar, uma vez que, têm menos mercúrio e contêm maior teor de ácidos gordos ómega-3, que contribuem para um melhor desenvolvimento cognitivo nas crianças e na prevenção de doença cardiovascular nos adultos”. Esta é uma das conclusões do grupo de trabalho português que analisou consumos e taxas de mercúrio em várias espécies de peixes e o risco que acarretam para a saúde, em particular grávidas, mulheres que estão a amamentar e crianças pequenas.

O estudo “teve por base a frequência de consumo pela população portuguesa, (…) obtida através do inquérito nacional (IAN-AF), e os dados relativos ao teor de mercúrio determinados em centenas de amostras colhidas e analisadas no âmbito do controlo oficial e de diferentes estudos científicos”, refere o comunicado enviado pela equipa que represente o grupo de trabalho, que é promovido pela Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) e que integra a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP (INSA), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

Desta forma e tendo em conta a análise, a equipa vinca a importância de privilegiar a escolha de pescado menos contaminado. Assim sendo, para lá da sardinha e da cavala, destaque também para a eleição de “espécies como abrótea, bacalhau, carapau, choco, corvina, dourada, faneca, lula, pescada, polvo, raia, “redfish” e robalo” por terem, “geralmente, valores baixos de mercúrio”.

Quanto aos peixes a rejeitar, enumeram-se o “o atum fresco (não o de conserva), cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira”, uma recomendação que é feita “tendo em conta os riscos associados ao desenvolvimento cognitivo”, com efeitos sobretudo “nas grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas” até aos dez anos.

“Para a população em geral verificou-se não haver preocupação de segurança pelo que a recomendação é para consumir pescado com frequência, até 7 vezes por semana. Contudo, a exposição a mercúrio nas grávidas, mulheres a amamentar e crianças (até aos 10 anos) mostra que o consumo deverá ser menos frequente (3 a 4 vezes por semana)”, adianta a mesma nota enviada às redações. E acrescenta: “No momento de escolher a espécie a consumir, a diversidade, mesmo no pescado, é um ponto essencial para uma alimentação equilibrada e saudável.”