Publicidade Continue a leitura a seguir

‘Sex toys’ entram em lojas de make up e perfumes em Portugal

[Fotografia: Divulgação]

Publicidade Continue a leitura a seguir

Comprar um baton, uma máscara, um verniz ou um perfume e ainda um vibrador? Tudo no mesmo sítio? Pois, uma cadeia multinacional de produtos de beleza acaba de lançar, em Portugal, um segmento de produtos de bem-estar sexual, juntando-a às categorias dos produtos de maquilhagem e perfumaria.

A junção destes setores de mercado chega agora a território nacional, mas já está em curso desde finais de agosto noutros países, ainda que os dados preliminares não sejam para já revelados.

“Não é habitual comprar sex toys numa loja de beleza. A compra destes produtos está muito associada a espaços com ambientes diferentes, mais intimidantes, com experiência de compra diferentes, mas aqui pretende-se normalizar este aspeto do bem-estar feminino e as nossas embalagens de sex toys parecem as de um creme”, revela a diretora de marketing e e-commerce da Sephora, Rita Correa Mendes, ao Delas.pt.

No entanto, a chegada de produtos como vibradores, toalhitas e lubrificantes – “vocacionados para já apenas para as mulheres” – ainda só está disponível no online. “Por enquanto, não estamos a vender em loja. Mais por razões de negócio porque, sempre que introduzimos novas categorias em espaços físicos, tal requer alterações. Primeiro, queremos associar a nova categoria a retalhistas de beleza e futuramente, ainda sem data marcada, iremos expor os produtos em loja”, refere a responsável portuguesa.

Rita Correa Mendes crê no êxito desta fusão porque, “na fase da maturidade em que nos encontramos para este tipo de temas, não me parece um problema, as pessoas podem fazer essa compra de forma mais privada”. Aliás, os brinquedos sexuais têm vindo a conquistar espaço mediático sobretudo durante o tempo da pandemia, que empurrou muitas para este universo. Aliás, as celebridades internacionais e nacionais tomaram, já em fevereiro deste ano, a dianteira neste processo, com muitas a trocarem os lançamentos de coleções de roupa ou linhas de maquilhagem por apresentação de sex toys.

Marcas de beleza e sex shops

Palco primordial de produtos de beleza de marcas para múltiplos públicos-alvo, a responsável de marketing e e-commerce garante não ter havido reações negativas das insígnias que já comercializam. “Nem sequer tem sido um tema”. “Não somos apenas um espaço de tratamento rosto e maquilhagem, somos um local de experiência de beleza e reivindicamos isso na mudança que proporcionamos às mulheres, no empoderamento feminino. Estamos a tentar abranger todo o universo que envolve o bem-estar da mulher, no papel central de negócio, e quais os produtos que gosta”, refere.

Um alargamento do mercado para compensar as perdas registadas no segmento da beleza em tempo de pandemia? “Não tem de compensar as perdas que tivemos noutras áreas. É um recrutamento novo, dirige-se a consumidoras novas que vão continuar a comprar batons, bases e cremes, esta oferta deve ser adicional”, acrescenta Rita Correa Mendes.

Crê ainda que as sex shops não deverão fazer má cara à ideia desta entrada no mercado. “Têm-se mostrado como se estivessem a ver a luz ao fundo do túnel. O que queremos nesta fase é, mais do que converter e desmitificar o tema, é mostar que é normal, queremos normalizar, eliminar o tabu e falar o máximo que conseguirmos destas matérias”, justifica.

O catálogo de produtos agora apresentados quer responder a várias carteiras e vão dos 13 aos 280 euros e com marcas como a Smile Makers, a Lelo, a Ketish e a Ho Karan, que recorre a CBD na composição dos produtos.