Sexo visto como obrigação: a receita para uma vida sexual desatrosa

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[Fotografia: Unsplash/Zou Meng]

Durante a pandemia mundial da Covid-19 e com a obrigação de permanecer em casa, muitos casais viram, em múltiplos casos, a vida sexual voltar a eclodir e a melhorar. Porém, a história não se conta da mesma forma para todos, houve quem vivesse o contrário.

Liza Berdychevsky, da Universidade de Illinois, dos Estados Unidos, descobriu que quem vê o sexo com uma atividade de lazer, ou seja, tem relações íntimas por prazer, gratificação pessoal ou descontração, teve mais prazer do que uma pessoa que olha para a vida sexual como uma obrigação.

Depois de realizar um estudo com uma amostra de 675 indivíduos, entre 18 e 75 anos, transversal aos Estados Unidos da América, Canadá e Reino Unido, a pesquisadora concluiu: “Encarar o sexo como lazer estimula as desinibições, as atitudes e práticas sexuais“. O contrário, vê-lo como obrigação, acaba por destruir a vida íntima.

A autora do estudo internacional, que foi publicado na revista Leisure Sciences, adiantou que esta visão é essencial para o “bem-estar geral e qualidade de vida” das pessoas.

Segundo a investigação, encarar o sexo como modo de relaxamento reduziu os efeitos negativos da pandemia, e os casais conseguiram atingir de forma mais regular o orgasmo, ter mais prazer e intimidade.

Mais de quatro em cada dez inquiridos (41%)afirmaram ter vivido novas experiências sexuais durante a pandemia, 26% recorreram a brinquedos sexuais, BSD (18%) e encarnaram personagens (13%).