Numa relação de longa data, a componente sexual acaba por estar sujeita a flutuações e mesmo alterações mais radicais como a diminuição da intensidade ou da espontaneidade. Mas afinal qual será o tipo de sexo mais satisfatório? O espontâneo ou o agendado? Foram estas as perguntas que indicaram a linha de investigação de um estudo que auscultou 303 indivíduos e 102 casais dos Estados Unidos da América e Canadá.
Nesta pesquisa realizada pelo Laboratório de Saúde Sexual e Relacionamentos da Universidade de York foram colocadas perguntas questões como: “O sexo com meu parceiro é mais satisfatório quando acontece espontaneamente?” ou “Prefere saber com antecedência quando fará sexo da próxima vez?”.
Os participantes foram ainda questionados sobre se a sua última experiência sexual foi planeada ou não e o quão satisfeitos estavam nos seus relacionamentos em geral e durante a última interação sexual.
Durante três semanas foram monitorizadas as suas experiências diárias. Em geral, as pessoas mantiveram a crença de que a espontaneidade era o ideal. Contudo, o sexo espontâneo não era particularmente satisfatório. De notar ainda que um em cada cinco dos inquiridos revelou que o seu último encontro sexual foi planeado.
Durante o estudo os responsáveis concluíram também que um grupo de inquiridos referiu que a espontaneidade aumentou a sua excitação sexual, paixão e desejo. Porém, muitos também afirmaram que o planeamento podia criar expectativa e desejo por sexo.
Mas o sexo espontâneo também pode ser menos prazeroso e houve pessoas que referiram isso mesmo, indicando que quando assim acontece, podem não ter tempo suficiente para os preliminares ou para garantir a privacidade e deixar distrações de lado.
Também o sexo planeado pode criar uma associação a ideias de obrigação e responsabilidade.
No entanto, o estudo constatou que uma vida sexual planeada pode ajudar os casais a manter a satisfação sexual, especialmente em casos em que a espontaneidade pode ser um desafio devido ao trabalho ou nascimento de um filho, por exemplo.
