A autoridade italiana de concorrência está a investigar o conglomerado de moda em linha Shein por potencialmente estar a fazer anúncios enganosos sobre as suas práticas de sustentabilidade.
A autoridade italiana disse, em comunicado, que a investigação à eventual prática designada por greenwashing [esconder práticas incorretas em termos ambientais com argumentos que garantem o contrário] vai focar-se na Infinite Styles Serves Co. Limited, baseada em Dublin, que negoceia sob a designação Shein e opera o sítio na internet e a aplicação [app] do retalhista. A Shein foi fundada na China, mas agora está baseada em Singapura.
Teve uma ascensão meteórica no mundo do retalho, alimentada por um modelo de negócio que lhe permite vender vestuário baseado em procura em tempo real e entregá-lo diretamente aos clientes a partir das fábricas localizadas principalmente na China.
Isto ajudou a empresa a disponibilizar produtos a preços muitíssimo baixos e atrair compradores que podem ir ao seu sítio e comprar agasalhos por 11 dólares ou capas de telemóvel por dois, além de outros produtos de uma gama de itens em atualização permanente.
Mas os críticos da empresa há muito que argumentam que as suas práticas encorajam o consumo excessivo e o lixo no ambiente. As autoridades italianas estão a acusar a empresa de enganar os consumidores com as garantias que avança sobre a sua sustentabilidade ambiental.
As organizações de defesa do ambiente têm alegado que estas práticas enganadoras, também designadas por ‘greenwashing, são lugar-comum no mundo empresarial.
LUSA