Simone de Beauvoir: uma luta pelas mulheres que nasceu há 110 anos

Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir faria hoje, 9 de janeiro, 110 anos. A filósofa existencialista, nascida em Paris, tornou-se num ícone do feminismo pelas análises que fez ao papel da mulher e do quão distante este estava ainda de conquistar a igualdade.

A obra O Segundo Sexo, publicada em 1949 e quando Beauvoir tinha 41 anos, tornou-se inspirador para as lutas que se tornariam evidentes anos após a edição e num marco incontornável para pensamento feminista do século XX. Nos dois volumes que compunham o tratado, eram analisados fatores culturais, sociais e económicos, mitos e factos que condicionavam e que enformavam a desigualdade entre sexos, mostravam uma realidade – causas e consequências – na qual a mulher se apresentava com um papel secundário, de subalternidade.

No dia em que se evoca o nascimento de Beauvoir, o Delas.pt recorda-lhe frases e olhares que, apesar de terem sido produzidos há quase sete décadas, não poderiam estar mais atuais. Pensamentos que são, ainda hoje, pontos de partida para uma mudança.

A ativista – que esteve em Portugal com o companheiro e filósofo Jean-Paul Sartre a acompanhar os primeiros dias da Revolução de Abril de 1974 – morreu em 1986, em Paris.

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