Tradição e Oriente dentro casa com beleza e bem-estar de luxo

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[Fotografia: Mauro Motty]

Nos finais de 2018, Sarah Aly estava de férias no oriente quando, no Sri Lanka, se cruzou com produtos de beleza e bem-estar de de luxo, feitos localmente e que se apresentavam como 100% naturais, sem álcool, parabenos e parafina.

A entrada no mundo da medicina oriental milenar Ayurveda foi feita por Sarah Aly pela terapia do sono. “Estava de férias, mas assim que experimentei os produtos senti-me a dormir melhor. Logo ali fiquei com vontade de trazer os produtos para Portugal”, conta a responsável da marca.

SPA ceylon Sarah Aly
Sarah Aly trouxe a marca para Portugal há cerca de um ano [Fotografia: DR]
Um ano depois, já a SPA Ceylon dava os primeiros passos na entrada do mercado português, tendo aberto o primeiro espaço de Lisboa, já em fim de isolamento social, mas ainda em tempo de pandemia.

Sabonetes, cremes, frascos com óleos essenciais, velas aromatizadas, sais e chás que misturam o jasmim, a lavanda, a tangerina ou o sândalo obrigam a um compasso de espera até que a informação seja completamente absorvida pelos sentidos. “Como este tem sido um ano em que as pessoas não podem viajar, vir a este espaço acaba por representar isso mesmo”, graceja Cátia Gomes. É que mal se cruza a porta, o intenso cheiro a essências invade o olfato e o olhar tem dificuldade em focar um ponto porque, afinal, tudo é cheio de cores muito fortes.

Cátia Gomes Spa Ceylon
Cátia Gomes [Fotografia: DR]
Se a apresentação e testagem dos produtos acabou por ficar mais reduzida, com workshops e testes adiados devido às restrições provocadas pelo Covid-19, “o acompanhamento passou a ser feito sobretudo no online”, revela Cátia Gomes, a responsável da loja. “Falamos com os clientes através das redes, aconselhamos produtos de acordo com a necessidade que eles revelam ter e aconselhamos doses mínimas para que possam experimentar e até agora temos tido feedback”, revela ao Delas.pt. Tal não tem impedido de trazer pessoas à loja.

Entre os produtos mais procurados por clientes portugueses, “80% dos quais mulheres”, estão os “bálsamos, os sprays com essências que contribuem para a melhoria do sono e combate ao stress, os cremes de mãos e os produtos que podem ser aplicados no corpo e no cabelo “, revela Cátia Gomes.

“Nós não tratamos”, sublinha Sarah Aly. A responsável da marca – que se alicerca na medicina Ayurveda e que conta com a cera de abelha como ingrediente principal e permanente – vinca que o propósito dos produtos de SPA disponíveis concentram-se antes no cuidado do corpo.

Desodorizantes em creme e perfumes sólidos

Num espaço onde imperam os tratamentos de cabelos, rosto, corpo, pés que visam o bem-estar, a positividade, a descompressão ou mesmo uma melhoria do sono, há novidades que estão para chegar. “Estamos ainda à espera das autorizações europeias e portuguesas para que os produtos possam ser comercializados em Portugal”, conta Aly.

Entre as novidades contam-se os perfumes sólidos e em creme. “Acreditamos que podem ser uma ótima alternativa aos aerossóis”, refere a responsável da marca em território nacional. Também na lista de espera para obtenção de luz verde por parte das entidades de saúde estão, acrescenta Sarah Aly, “os desodorizantes em creme”. Produtos que, assevera, mantêm o uso de ingredientes naturais e o compromisso de preservação do ambiente.

Planos de expansão em Lisboa, Porto e SPAs urbanos

Apesar do arranque deste novo espaço ter estado, como todos, sujeitos às restrições importas pela pandemia provocada pelo novo Coronavírus, os planos são de expansão. “Contamos abrir um novo espaço físico em Lisboa, ainda deste semestre, estamos a analisar uma expansão para o Porto e para uma diversificação geográfica, para lá da presença online”, revela a responsável.

E ainda que a filosofia seja a de levar o SPA até casa e sem que os clientes precisem de ir a espaços concertos para fazer tratamentos, a marca não descarta a possibilidade de vir a ter os seus espaços físicos. “Estamos a equacionar, em dois a três anos, a criação de espaços mais privados com SPAs urbanos com os nossos produtos naturais”, revela Sarah Aly.

Do comércio justo ao emprego feminino

Entre os objetivos da marca que nasceu em 2009 estão, segundo Cátia Gomes, “o comércio local justo, a promoção de emprego sobretudo das mulheres que trabalham nestes setores de atividade, podendo-o fazer a partir de casa sendo remuneradas por isso”. Premissas que, garante, são cumpridas na elaboração dos produtos comercializados pela SPA Ceylon.

À margem desta orientação da marca, há ainda uma gama cuja venda reverte a favor da defesa dos Elefantes do Ceilão, uma espécie ameaçada e protegida. “Com a criação desta linha específica, queremos contribuir para ajudar na preservação da espécie e 10% das vendas revertem para parques selvagens e para a reflorestação dessas áreas para que os elefantes possam reproduzir-se e crescer”, ressalva Cátia Gomes.