Sporting conquista Taça de Portugal feminina e faz a ‘dobradinha’

Final da Taça de Portugal de futebol feminino
A jogadora do Sporting Diana Silva (E) festeja o seu golo marcado contra o Sporting de Braga durante a final da Taça de Portugal de futebol feminino, disputada no Estádio Nacional do Jamor em Oeiras, 04 de junho de 2017. TIAGO PETINGA/LUSA

O Sporting terminou hoje a época da melhor maneira ao conquistar a Taça de Portugal de futebol feminino, depois de vencer o Sporting de Braga no prolongamento, por 2-1, juntando assim a prova ‘rainha’ ao campeonato nacional.

Com duas partes praticamente dominadas pelas ‘arsenalistas’, o primeiro tento foi festejado à passagem do minuto 12, na cobrança do castigo máximo, convertido por Vanessa Marques. A equipa de Alvalade só conseguiu reagir depois do intervalo, pelos pés de Diana Silva, aos 52, tendo Ana Capeta operado a reviravolta no prolongamento, aos 105.

As campeãs nacionais, ainda antes de Sandra Bastos apitar para o começo do jogo, sofreram um contratempo no aquecimento, com a lesionada defesa Bruna Costa a ser rendida pela companheira Catarina Lopes no ‘onze’ inicial.


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No Estádio Nacional, em Oeiras, que acolheu a final da prova feminina pela oitava vez, as bracarenses entraram melhor na partida, deixando o primeiro aviso, logo aos seis minutos, por intermédio de Jéssica Silva, que atirou a bola a rasar o poste da baliza ‘leonina’, antes de Vanessa Marques cobrar uma grande penalidade e inaugurar o marcador (12).

À semelhança da final masculina entre Benfica e Vitória de Guimarães, também este derradeiro encontro contou com o auxílio do vídeo-árbitro, algo que foi útil à árbitra de Aveiro, que precisou de um compasso de espera até apontar para a marca dos 11 metros, depois da falta cometida por Joana Marchão sobre Mélissa Antunes.

As ‘leoas’ contaram, naturalmente, com um maior apoio de adeptos nas bancadas, um número recorde em encontros femininos (12.213), mas, nem isso, embalou a formação liderada por Nuno Cristóvão para o golo da igualdade e chegou mesmo ao intervalo sem conseguir alvejar a baliza de Rute Costa.

Andreia Norton foi a futebolista que mais se evidenciou nos primeiros 45 minutos, ao obrigar, por duas vezes (25 e 40), a guarda-redes ‘leonina’ a aplicar-se entre os postes e a segurar a diferença mínima.

O segundo tempo foi idêntico ao primeiro, com as minhotas as controlarem a seu belo prazer a posse de bola, enquanto o Sporting esperava pelo erro para contra-atacar, que acabou por acontecer, aos 52 minutos. Uma falha cometida pela defesa Barrinha em zona proibida, permitiu a Ana Borges o cruzamento rasteiro para Diana Silva, que, à meia volta e perante uma desamparada Rute Costa, rematou para o empate.

Aos poucos e com o golo da igualdade, o Sporting equilibrou a partida e deu outro animo até aos 90 minutos, mas foi necessário jogar-se o prolongamento para ser encontrado um vencedor.

O desgaste físico foi notório em ambas as equipas, o que acabou por diminuir ainda mais a qualidade imposta dentro de campo, bem como a ausência de jogadas, sendo que, as bolas paradas eram apostas para resolver o jogo.

Até que, Ana Capeta, a única jogadora que saltou do banco ‘leonino’ até então, foi aposta ganha do técnico Nuno Cristóvão, materializando em golo a oportunidade oferecida por Ana Borges. Na sequência de uma reposição de bola, a jogadora emprestada pelo Chelsea serviu a avançada, que atirou de primeira para o fundo da baliza bracarense.

Nos derradeiros minutos finais do prolongamento foi o Sporting de Braga a estar muito perto de levar a decisão para as grandes penalidades, porém a defesa das ‘leoas’ conseguiu segurar a vantagem.

 

Imagem de destaque: Tiago Petinga/Lusa