‘Startup’ Farfetch abre novo espaço no Cais do Sodré onde investiu 1 ME

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A Farfetch, plataforma ‘online’ de compras de produtos de luxo, acaba de abrir novas instalações em Lisboa, onde investiu um milhão de euros, e prevê contratar ainda este ano 500 pessoas para os seus escritórios em Portugal.
É no renovado edifício D. Luís I, situado na zona de Santos e muito perto da já zona criativa e de inovação do Cais do Sodré – local igualmente escolhido pela aceleradora londrina Second Home, a incubadora Enter da PT, assim como a sede da Web Summit para ter instalações – que abrem hoje oficialmente os 3.000 metros quadrados do novo espaço da Farfetch, liderada por José Neves.
No novo centro já trabalham mais de 60 pessoas, mas o número deverá superar os 100 até ao final do ano, num total de cerca de 900 colaboradores em Portugal.
“Estamos a crescer e a investir em Portugal. Este espaço representa um investimento de um milhão de euros, num total de três milhões de euros nos últimos 12 meses”, disse o fundador e presidente executivo da Farfetch, José Neves, à agência Lusa.
A ‘startup’ (empresa com rápido potencial de crescimento) está já em Lisboa desde agosto de 2016, mas transita agora para um novo espaço com capacidade para 300 pessoas, passando a ser o segundo centro de ‘tech intelligence’ da empresa, depois do que já tem no Porto. A Farfetch tem também escritórios em Guimarães que se destinam à produção de conteúdos para o ‘site’ da empresa.
“Estamos a fazer uma revolução tecnológica no retalho, sendo a ‘Store of the Future’ o mais recente exemplo disso. A ‘Store of the Future’ é a tecnologia a fazer uma revolução, a entrar pelas lojas físicas e a criar a simbiose perfeita entre o ‘online’ e o ‘offline’. É a nossa capacidade de criar uma experiência de compra ‘aumentada’, em que a loja conhece e influencia o cliente e não importa se este está na loja física ou na loja ‘online'”, explicou José Neves.
Segundo o presidente executivo da Farfetch, o novo espaço em Lisboa permite à empresa “crescer e reforçar a equipa de tecnologia e continuar a responder com inovação aos desafios do cliente do futuro”.
Como destaca o diretor-geral da Farfetch, Luís Teixeira, também à Lusa, na decisão esteve a localização e o talento português que sublinha ser “muito bom”.
“Somos uma empresa de pessoas. Nas nossas instalações dedicamos sempre espaços para o bem-estar das pessoas. Neste de Lisboa, temos locais de repouso, sala de jogos, piano de cauda, um terraço e até uma piscina de bolas, onde as pessoas possam ‘mergulhar'”, revelou Luís Teixeira. Tudo para se fazer sentir “o efeito Farfetch”.
Assumindo-se como empresa de sucesso e onde uma grande maioria do talento é português, a Farfetch vai reunir neste centro de Lisboa equipas de trabalho sobretudo dedicadas ao desenvolvimento tecnológico, mas também colaboradores das áreas de Customer Service, People Team e Office Management.
O negócio da empresa, sediada em Londres, tem vindo sempre a acelerar, e só em 2016 aumentou a faturação em 70%, o que “impulsiona naturalmente o crescimento da equipa”.
Só nos últimos 12 meses integrou cerca de 460 pessoas em Portugal e está a recrutar mais 500 até ao final do ano.
Fundada em 2008, a Farfetch está traduzida para nove idiomas e tem parcerias com as melhores boutiques e marcas do mundo, de Tóquio a Toronto, Milão a Miami, oferecendo serviços em mais de 190 países e é uma das poucas ‘startups’ do mundo a serem consideradas unicórnio, ou seja, empresas que estão avaliadas em mais de mil milhões de dólares (cerca de 902 milhões de euros).
O Conselho de Administração é liderado por José Neves, fundador e presidente executivo da empresa, e por Dame Natalie Massenet, fundadora do grupo Net-a-Porter, contando com investidores de envergadura no mercado tecnológico e de luxo, como Index Ventures, DST Global, Vitruvian, Conde Nast, IDG, Temasek e Eurazeo.