Experimentei os headphones Sony MDR-100AAP h.ear on pela primeira vez eram umas duas da manhã, depois de acordar para dar o biberão ao meu filho – não foi uma espertina. Numa escolha aleatória da minha (curta) playlist do iPhone calhou (juro) a música ‘Sleep like a baby tonight’, dos U2. Uau! Bono Vox ao vivo, pensei. A voz dele tão presente; a guitarra de The Edge impressionante. Seguiu-se Mazzy Star – bem sei, não tem nada a ver – mas continuava a valer a pena. Foi tempo bem passado até voltar aos U2, com ‘Volcano’… Bom, não é das minhas escolhas musicais que vos escrevo. Até porque são 2h40.
O ideal é testar na rua. O modelo que experimento é de um verde eletrizante e não só, na mão sinto um toque eletrizante também. São lindos – adoro o estilo (confesso). Quem diria, até porque não seria óbvio olhando para a minha cara. Na Avenida da Liberdade oiço Thom Yorke, ‘The Eraser’; dEUS, ‘Vantage Point’; e Sonic Youth, ‘Rather Ripper’. A capacidade de isolamento dos sons à minha volta é até perigosa (o ideal é abrir os olhos para não ser atropelado), mas é de facto uma boa experiência auditiva. Que o diga também depois de uma viagem de metro, em hora de ponta, onde só conseguia ouvir música – nenhuma conversa alheia me inquietou o espírito –, desta vez Interpol, ‘Our Love to Admite’, ou Radiohead, ‘Nude’, foram boa companhia.
Experimentei até ver um episódio da série ‘Homeland’, no Netflix, e se não fosse o facto de estar a usar o smartphone (com um ecrã reduzido, claro), a experiência tinha sido perfeita. Na minha opinião, a Sony acertou nos headphones bem ao estilo street, confere atitude, e não é só para os amantes do skate e do hip hop, é para gente como eu, que utiliza a rua e os transportes públicos para ouvir música.
Como não há bela sem senão, a crítica aos Sony MDR-100AAP até podia ser o preço (199€), mas não é a principal, o comando para pausar uma música, no fio, está demasiado acima – a mim exigiu-me manobras quase de contorcionista para clicar (estarei a ser picuinhas?).