Suíça aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo

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O Parlamento suíço aprovou, no final desta semana, o projeto de lei que permite o casamento de casais do mesmo sexo, vários anos após outros países da Europa Ocidental.

No entanto, os suíços ainda devem ter a última palavra, porque o partido da União Democrática Federal (UDF), uma pequena formação que defende os valores cristãos, já anunciou que vai lançar um referendo sobre a questão.

O casamento civil para todos foi adotado por ambas as câmaras do parlamento após vários anos de procedimentos, tendo o projeto inicial sido apresentado pelo Grupo dos Verdes Liberais em 2013.

O texto adotado permite que os homossexuais se possam casar e as mulheres homossexuais tenham acesso à doação de esperma, um dos pontos que gerou mais polémica.

Até agora, casais do mesmo sexo podiam entrar em “parcerias registadas” que não lhes davam os mesmos direitos que um casamento.

“Esta é uma vitória histórica para os direitos da comunidade LGBTIQ” (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, intersexuais e ‘queer’), disse a Amnistia Internacional da Suíça numa mensagem publicada na rede social Twitter.

A associação Famille Arc-en-ciel, fundada em 2010 para defender os interesses das famílias de casais homossexuais na Suíça, por sua vez já indicou que está “a preparar-se para o referendo anunciado” pela UDF.

“Se os adversários lançarem um referendo, estamos prontos”, declarou Matthias Erhardt, vice-presidente do comité nacional criado para o referendo no início de dezembro.

“Temos o apoio de 82% da população e graças à força mobilizadora da comunidade LGBT, das nossas organizações parceiras e dos partidos políticos que nos apoiam, poderemos aumentar ainda mais a aceitação das pessoas LGBT na sociedade graças a essa campanha de votação”, disse Erhardt.

Atualmente, o casamento homossexual é autorizado em 15 dos 27 países da UE: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Portugal e Suécia.

Lusa