
Numa entrevista ao programa ‘BBC Newsnight’, Susan Sarandon não teve papas na língua ao ser questionada sobre a importância de uma mulher poder vir a ser eleita, pela primeira vez, para o cargo de presidente dos EUA, numa referência à candidata democrata Hillary Clinton. “Vocês tiveram uma mulher [como chefe de Estado]. Não sei como se sentem relativamente a isso, mas eu não voto com a minha vagina”, atirou a atriz norte-americana.
A protagonista de filmes como ‘Thelma and Louise’, ‘A Última Caminhada’ ou ‘O Cliente’ manifestou o seu apoio a uma mulher, sim, mas à candidata do Partido Verde, Jill Stein. Numa entrevista à CNN, Susan Sarandon, de 70 anos, já tinha afirmado que tanto Hillary Clinton como Donald Trump, candidato do partido republicano, “não são de confiança”.
Foi por essa razão que a estrela de Hollywood afirmou: “Não quero perder tempo a falar sobre Trump e Hillary, não é para isso que estou aqui”. Sarandon acrescentou ainda que “o medo de Donald Trump não é suficiente” para que “apoie Hillary Clinton”, devido ao seu “histórico de corrupção”.
A grande preocupação da atriz são as questões ambientais. “O que acontecer nas eleições não vai importar se não tivermos água”, disse. “A razão de estarmos nesta situação [de crise social, política e ambiental] deve-se ao facto de as pessoas estarem a votar no menor dos males há muito tempo”.
Susan Sarandon foi apoiante do pré-candidato democrata Bernie Sanders, que acabou por perder a disputa interna no partido democrata para Hillary Clinton. Foi nesse momento que a atriz decidiu deixar de apoiar os democratas.
A conversa de Sarandon com o formato britânico teve como motivo o ativismo da atriz contra a construção de um oleoduto no estado da Dakota do Norte, Estados Unidos.