Susana Feitor “surpresa” e “estimulada” para presidir à Fundação do Desporto

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[Fotografia: (Henriques da Cunha / Arquivo Global Imagens]

A antiga marchadora olímpica Susana Feitor garantiu estar muito estimulada com o desafio de presidir à Fundação do Desporto, valorizando a aposta do Governo num ex-atleta.

“Estou motivadíssima, entusiasmada. Agora quero conhecer a casa, as pessoas, aproximar-me delas. A Fundação é um ‘player’ importante no alto rendimento, que é a minha área”, disse a nova responsável, em declarações à agência Lusa.

O Governo nomeou esta sexta-feira, 21 de abril, Susana Feitor para presidir à Fundação de Desporto, substituindo Paulo Frischknecht. “Boa-sorte é o que quero para mim. Se conseguir esse sucesso, acredito que as pessoas, os atletas, os treinadores e as organizações também vão ter. Não podemos esquecer que isto é tudo em conjunto”, completou a dirigente.

Susana Feitor admitiu a “surpresa” pelo convite endereçado pela tutela e assumiu que, de momento, ainda não tem bem a “noção da maior urgência” da instituição, em termos de planos de ação, prometendo dedicar-se a fundo aos diversos dossiers para os poder dominar em breve.

“Sei é que o paradigma do desporto em Portugal é angariar apoios e mais recursos e a Fundação do Desporto também foi criada para isso. A gestão e coordenação dos CAR diz-me muito, até porque fui atleta. Atletas e treinadores precisam que estejam a 100%. Para mim isso é uma das áreas chave”, vincou.

Membro do Conselho Nacional de Desporto, a nova líder da Fundação do Desporto é licenciada em Gestão das Organizações Desportivas, pela Escola Superior de Desporto de Rio Maior, sendo desde 2018 treinadora de marcha-atlética.

Susana Feitor foi presidente da Comissão de Atletas Olímpicos entre 2002 e 2005 e ‘vice’ entre 2005 e 2009, além de ser vogal do Comité Olímpico de Portugal no mesmo período, vogal da direção da Federação Portuguesa de Atletismo e chefe de Missão aos campeonatos do mundo universitários 2017, em Taipé, Taiwan, e 2019, em Nápoles, Itália.

Feitor considera “fundamental” esta experiência acumulada nos diversos papéis, sobretudo enquanto competidora, defendendo que os desportistas trazem “valor acrescentado” quando são chamados a desempenhar cargos de liderança nas instituições. “Juntar aquelas experiências enquanto atletas às competências que foram aprendendo durante a vida, nomeadamente as capacidades técnicas. Essa é a maior batalha para os atletas quando terminam as suas carreiras”, ilustrou.

Susana Feitor, de 48 anos, participou em cinco Jogos Olímpicos, entre Barcelona1992 e Pequim2008, destacando-se o seu 13.º lugar em Atlanta1996 nos 10 quilómetros marcha, numa carreira marcada pelo bronze nos Mundiais de 2005 nos 20 quilómetros, depois de ter sido campeã da Europa (1993) e do Mundo (1990) júnior, nos cinco quilómetros.