Suspeitos de matar e violar jovem argentina, Lúcia Perez, foram absolvidos

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Há dois anos, a morte de Lúcia Perez, uma jovem de 16 anos, depois de violada e torturada, parava a Argentina com uma greve e levava às ruas milhares de pessoas num protesto inédito contra o femicídio. A iniciativa ficaria conhecida como “Quarta-feira Negra”.

A 28 de novembro de 2018, também uma quarta-feira, é conhecida a sentença dos três homens acusados de ter drogado, violado e torturado a jovem que acabou por morrer na sequência dos abusos sofridos. O tribunal absolveu dois dos três suspeitos alegadamente envolvidos nos crimes de homicídio, violação e encobrimento, considerando que os mesmos não foram dados como provados e que houve vários erros que não comprovaram as alegações das autoridades que investigaram o crime.

O tribunal concluiu que as perícias ao corpo da jovem e as provas recolhidas não apresentavam indícios suficientemente fortes de que tenha havido nem abusos, nem violação, nem tortura, apesar das investigações iniciais apontarem para violação “vaginal e anal” e empalamento.

Na altura, a investigação policial sustentou que, para encobrirem o crime, os homens lavaram o corpo da vítima, vestiram-na com outras roupas e transportaram-na para um hospital, alegando que a jovem tinha sofrido uma overdose. Mas, de acordo com o que o jornal ‘Clarín’ noticiou então, a jovem já estava morta quando os médicos a tentaram reanimar.

Dois dos suspeitos foram, no entanto, condenados a oito anos de prisão e a uma multa de 135 mil pesos (cerca de três mil euros), por tráfico de droga, e o terceiro, acusado de encobrimento, foi absolvido.

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