Teletrabalho e vida familiar: mulheres apresentaram cinco vezes mais queixas

Young mother showing preschool daughter how to roll out dough.
[Fotografia: Istock]

Já não é de agora, mas ganha agora renovado fôlego. Depois de se saber que as mães eram quem mais tinha de pedir apoio e por mais tempo para acompanhar os filhos por encerramento de escolas, agora são também elas quem mais está a acusar o peso do teletrabalho e da dura conciliação com a vida familiar e descendentes a cargo com menos de 12 anos.

O caso levou já a Provedoria da Justiça a escrever ao executivo. Ao Delas.pt, fonte oficial da entidade presidida por Maria Lúcia Amaral revelou que chegaram 13 queixas, e apenas uma é do ano passado. Do conjunto, “uma foi apresentada por um sindicato, duas por trabalhadores do sexo masculino e as restantes por trabalhadoras mulheres. A maioria das queixas (nos casos em que são identificadas as profissões) é de docentes e de trabalhadores de callcenters, refere a assessoria ao Delas.pt.

Relativamente a 2020, “as queixas que nos chegaram sobre o apoio excecional à família para trabalhadores por conta de outrem incidiram, sobretudo, sobre a situação que se verificou na Páscoa com a suspensão das atividades escolares, período em que não foi pago o apoio por ser um período de férias escolares, e com o valor do apoio”.

O documento enviado pela Provedora aos secretários de Estado da Educação e da Segurança Social ainda aguarda resposta por parte do governo. Porém, está agendado para o próximo dia 18 um debate na Assembleia da República sobre estas matérias.