
Torneio francês de ténis envolto em polémica depois de ter recusado o estatuto de cabeça-de-série a Serena Williams, 36 anos. Em causa está que por ter sido mãe, o que a obrigou – como expectável – a fazer uma pausa na carreira e a colocou no 453.ª lugar do ranking mundial. Tenistas reclamam, por isso, proteção na maternidade.
Um ano e meio depois de ter conquistado na Austrália o 23.º major da carreira – um recorde na Era Open -, Serena Williams preparava-se para voltar a jogar um dos quatros torneios que compõem o Grand Slam do ténis, na próxima semana. Um retorno ao trabalho que tinha lugar 14 meses depois da pausa decorrente da gravidez e do nascimento da filha Alexis Olympia, em setembro de 2017.
Acima da competição, as rivais de Serena não se calam ante o que reivindicam tratar-se de uma discriminação. Maria Sharapova é uma delas e pede “mudanças nesta política”. “Trata-se de um esforço incrível para uma mulher, do ponto de vista físico e emocional, regressar à competição após ter um filho“, referiu a russa.
A atual líder da tabela mundial, a romena Simona Halep também já fez ouvir a sua voz. “Tem de ser normal uma mulher dar à luz. E alguém nessas condições deveria ter o ranking protegido“, defende.
“É tremendamente errado. Não só para Serena como para as adversárias que podem ser obrigadas a defrontá-la nas primeiras rondas”, acrescenta a antiga tenista norte-americana Chris Evert: “Não é como se ela tivesse decidido tirar um ano de férias.”
Perante o aumento de tom das críticas, a WTA já veio admitir, através de um porta-voz, que as regras estão a ser reequacionadas para 2019. Mas até lá, Serena Williams terá de percorrer a via mais dura para regressar ao topo.
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Imagem de destaque: Today Sports/Reuters