Terrorismo. Entrevista detalhada de Eugenia de Inglaterra foi “erro bastante grave”

Britain's Prince Andrew, Princess Beatrice and Princess Eugenie arrive for a service of thanksgiving to mark the 90th birthday of Britain's Queen Elizabeth at St Paul's Cathedral in London

“Se um terrorista quiser sequestrá-la, atacá-la ou mesmo matá-la, esse tipo de informações é valiosa na medida em que ela relatou os locais e os momentos exatos em que se encontra neles”. A frase é de Richard Kemp, ex-comandante das forças britânicas no Afeganistão, sobre uma entrevista que a filha de Sarah Ferguson e do príncipe André deu à revista ‘Harper’s Bazaar’.

Nesta conversa, Eugenia de Inglaterra contou o seu dia-a-dia, desde os lugares onde costuma ir de manhã até à localização do seu posto de trabalho, passando pelas lojas que gosta de frequentar e os restaurantes onde gosta de tomar as suas refeições. Detalhes excessivos e uma atitude “imprudente” daquela que é a oitava na linha de sucessão ao trono britânico, que a podem transformar num “objetivo terrorista”, alerta o militar.

“Assumindo que essa é uma descrição exata do que ela faz, foi um erro bastante grave e ela deveria ter sido aconselhada a não publicar ou divulgar essas informações”, explicou Kemp, para quem Eugenia, de 26 anos, por ser “neta da rainha de Inglaterra é um importante alvo dos terroristas”. “Agora, deveria alterar imediatamente toda a sua rotina.

Dai Davies, ex-chefe da segurança da família real, concorda com a “imprudência” dos detalhes publicados neste trabalho, intitulado “Um dia na vida de Eugenia de York”. “Qualquer elemento da família real tem de estar ciente que, atualmente, existem este tipo de pessoas – e não são apenas terroristas -, que podem estar obcecados ou mentalmente doentes e que, de repente, decidem que querem ter cinco minutos de fama”, sublinhou.