Testámos os ténis PureBoost X e sobrevivemos

O teste aos ténis PureBoost X não podia estar completo sem uma última prova na calçada portuguesa. Os novos ténis da Adidas são vocacionados para o desporto mas têm uma componente moda bem visível, uma tendência que se tem verificado em várias linhas desportivas. Já não há ninguém que queira fazer desporto com uma t-shirt velha e larga, verdade?
De regresso às sapatilhas, cabe dizer que são estas exclusivas para mulheres e que a marca, na voz de Adriana Machado, técnica de produto, diz:

“O pé das mulheres é mais estreito no calcanhar e tem a planta do pé mais curva. O desenho destes ténis têm em consideração essas características.”

O resultado é que a sapatilha é uma espécie luva, em que a planta toda pé toca, de facto, na tela e é esta que se separa da sola. Ou seja, a sapatilha tem um buraco entre a sola e a ‘luva’ do pé. Depois, na zona em que o tornozelo acaba e começa o calcanhar, a tela retrai-se, dando mais suporte. Outro aspeto importante deste calçado desportivo pensado para mulheres é a redução do número de costuras, o que faz com que, mesmo em treino intensivo o conforto perdure.
O PureBoost X nasceu para ser um sapato de corrida e por isso é leve e transpirável. A sola com a tecnologia Boost, já utilizada noutros modelos da Adidas, minimiza o impacto e otimiza o impulso. Mas as características desenvolvidas pela marca para esta sapatilha para o sexo feminino acabam por torná-la mais maleável e por isso adaptável às diferentes condições de prática desportiva das mulheres.
Foi por causa dessa polivalência que o Delas.pt passou um fim-de-semana em treinos, para experimentar estes ténis em condições reais. Às 9h00 da manhã de sábado encontrámo-nos com o treinador Michele Mellone do AXN Club 100 no bar do Cascade Resort Hotel, em Lagos, para uma caminhada que nos levou até à praia Ponta da Piedade. O caminho na falésia, acidentado, não causa problemas de maior aos ténis e a corrida já sobre o asfalto da estrada decorre com normalidade. Depois fazemos uma aula de ioga e, embora esta prática deva ser feita normalmente com os pés descalços, mantemos as sapatilhas e nem nas posturas de equíbrio sentimos grande diferença, porque o pé tem suporte e a forma é larga permitindo os movimentos dos dedos dos pés.
Depois do almoço vem a parte mais dura do treino no Cascade Gym powered by AXN Club 100: um circuito de alta intensidade, o Bootcamp em que fizemos 3 séries de sete exercícios de força com um circuito de corrida e obstáculos entre cada série. E aqui foi possível testar as qualidades de impulso da sapatilha, a tração das solas e o amortecimento de impacto dos PureBoost X. Nada mal.
Na aula seguinte, a zumba, foi possível testar a maleabilidade e conforto das sapatilhas e por fim, no pilates, o ciclo fechou-se: embora esta prática deva ser feita normalmente com os pés descalços, mantivemos as sapatilhas sem nenhum prejuízo para os exercícios.
Finalmente, a última prova: usar um dia inteiro os PureBoost X, com reuniões externas, e a performance também nos deixou contentes. O design dos ténis dá-lhe uma certa elegância, criando em alguns casos a ilusão de um pé mais pequeno. Mas, sobretudo pela sobriedade das linhas e com os pequenos detalhes de cor do modelo preto, estas sapatilhas acabam por casar bem com um coordenado formal mas funky. Mas acima de tudo é o conforto que sobressai no piso liso. Não fosse a calçada portuguesa e este sapato de dia de trabalho teria sido perfeito.