Ensaios de Agustina Bessa-Luís publicados na imprensa reunidos em livro

jnpt250504ame7agustina bessa luisescritoraadelino meireles
Agustina Bessa-Luís [Fotografia: Adelino Meireles/Global Imagens]

Os textos que a escritora Agustina Bessa-Luís, 94 anos, publicou em órgãos de comunicação social, entre 1951 e 2007, estão reunidos numa obra em três volumes, que será apresentada em fevereiro em Lisboa e no Porto.

“Ensaios e Artigos (1951-2007)”, a editar pela Fundação Calouste Gulbenkian, reúne mais de mil artigos. A obra será apresentada em Lisboa, a 6 de fevereiro, no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, e no Porto, a 10 de fevereiro, na biblioteca da Fundação Serralves. As apresentações estarão a cargo do ex-diretor dos semanários Expresso e Sol José António Saraiva (que assina o prefácio), da escritora Lourença Baldaque e da artista plástica Mónica Baldaque, respetivamente neta e filha de Agustina Bessa-Luís.

Em dezembro de 2015, foi publicado um livro inédito que reúne crónicas radiofónicas de Agustina Bessa-Luís, transmitidas entre 1978 e 1979, no programa “Crónica da manhã”, na RDP. As crónicas foram emitidas de 06 de outubro de 1978 a 23 de fevereiro de 1979, eram gravadas na RDP Norte, e transmitidas à sexta-feira.

Nos últimos anos têm vindo a ser publicados vários inéditos da autora de A Sibila, nomeadamente cinco manuscritos da década de 1960 que fazem parte do volume Elogio Inacabado, editado em agosto de 2015, pela Fundação Calouste Gulbenkian.

O volume inclui os títulos Homens e mulheres, As Grandes Mudanças, Coração-de-Água, O Caçador Nemrod e Os Meninos Flutuantes.

Trata-se de “esboços de romances que Agustina Bessa-Luís escreveu durante um interregno editorial que só terminou em 1970, com a publicação de As Categorias, explicou na altura a Fundação.

O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, Mundo Fechado, data de 1948. Desde então a escritora publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças.

Várias obras suas foram adaptadas ao cinema por realizadores como Manoel de Oliveira (Fanny Owen, Vale Abraão) e João Botelho (A Corte do Norte).

O romance A Sibilia, publicado há 60 anos, valeu-lhe os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, os primeiros de uma lista de vários galardões, entre os quais o de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra Os Meninos de Ouro, e que voltou a receber em 2001, com Jóia de Família.


Saiba mais sobre a obra da autora


A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com, entre outros, os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004, o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema, em 2005, e o prémio Eduardo Lourenço, em 2016.

Imagem de destaque: Adelino Meireles/Global Imagens