Tia Cátia luta contra o cancro da mama. “Se me deprimisse, não ia ter forças para me levantar”

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[Fotografia: Instagram Tia Cátia]

Tia Cátia revelou sofrer de cancro de mama durante uma conversa com Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos na manhã desta quinta-feira, 24 de março no Dois às 10, da TVI.

“Há doenças que são muito silenciosas e, no início, no banho, senti um caroço debaixo do peito, ou na mama, mais correto. Depois pensei, pode ter sido da vacina. No dia seguinte voltei a sentir e no dia seguinte voltei a sentir e ao longo do mês continuei a sentir”, começou por afirmar.

Num primeira instância, a chef não disse a ninguém e foi ao médico. “No dia 30 de dezembro, fui fazer uma ecografia e mamografia. Assim que entrei o médico disse-me logo: ‘há quantos anos não faz uma ecografia mamária'”, prosseguiu, referindo que não fazia “há muito tempo” o exame.

“Fiz a mamografia e a ecografia e ele disse: ‘venha cá logo à noite porque de facto isto não é bom’. Fui a casa falar com o Francisco, o marido, e expliquei-lhe: ‘passa-se isto assim e assim’. Eu não queria alarmar porque podia não ser nada. […] Efetivamente é alguma coisa e não é boa”, contou.

“Quando chega o diagnóstico era de grau um, de mal o menos, a ter que ser que seja este. A evolução é uma evolução lenta mas já tinha um tamanho maior do que deveria ter por isso começa a ser mais complicado, exige quimioterapia”, lembrou.

“Entretanto fiz a cirurgia – que vai fazer amanhã um mês – e fiquei a pesar menos 200 gramas, retiraram tudo o que havia para retirar, ainda assim o protocolo que seria para seguir era para fazer já quimioterapia mas há uma forte probabilidade de não ter de a fazer. […] Em princípio, terei de fazer só a radioterapia”, disse, referindo que se sente “lindamente” e nunca se sentiu “doente”.

No final da entrevista, a chef explicou ainda a reação dos filhos à noticia: “Qualquer um dos dois disse logo: ‘Mãe, isto não é nada’. Eles acreditaram piamente que não ia ser nada porque veem que eu estou sempre: ‘bora para a frente’. Comportamento gera comportamento […] e se eu me deprimisse ia tudo comigo para o fundo e eu não ia ter forças para me levantar”.