Tiffany Trump em desfile de criadora chinesa: diplomacia na passerelle

Inauguration of the 45th President of the United States
Tiffany Trump com Eric Trump [REUTERS/Win McNamee/Pool]

Enquanto Donald Trump apazigua as relações com a China por via diplomática – depois do impasse gerado pelo caso em torno de Taiwan -, a filha do presidente dos EUA, Tiffany Trump, foi à Semana da Moda de Nova Iorque com a mãe, Marla Maples, melhorar as relações entre os dois países. E fê-lo à sua maneira.

Tiffany, 23 anos, marcou presença na primeira fila do apresentação da criadora Wang Tao para a marca Taoray Wang e escolheu peças de vestuário desta casa, apresentando-se com um casaco de caxemira de dupla-face, branco e rosa-pálido, e um vestido marfim. Recorde-se que aquele casaco tinha sido o escolhido por Tiffany para a dia de tomada de posse do pai, que decorreu a 20 de janeiro.

Se mãe e filha estiveram na linha da frente desta passerelle, estiveram também depois nos bastidores do desfile. Pouco incomodada com esta escolha parece estar a criadora, que trabalha a marca que tem sede em Pequim, que disse ao jornal South China Morning Post não ter recebido qualquer reação negativa por ter estar associada à filha do presidente dos EUA.

“Ela é uma jovem maravilhosa”, disse Wang Tao, que prefere “focar-se nas qualidades e características pessoais” de Tiffany “em vez de a estar a qualificar”.

“O diabo prospera quando os bons homens nada fazem”

Mas as mensagens não chegam apenas da Semana da Moda, chegam também de outros pontos de Nova Iorque.

epa05706530 A handout photo made available by the Hollywood Foreign Press Association (HFPA) on 09 January 2017 shows Meryl Streep accepting the Cecil B. DeMille Lifetime Achievement Award during the 74th annual Golden Globe Awards ceremony at the Beverly Hilton Hotel in Beverly Hills, California, USA, 08 January 2017. EPA/HFPA / HANDOUT ATTENTION EDITORS: IMAGE MAY ONLY BE USED UNALTERED +++ MANDATORY CREDIT ++ HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES/NO ARCHIVES
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A atriz Meryll Streep voltou à carga no ataque a Trump e aproveitou a gala anual da Human Rights Campaign – um grupo que luta pelos direitos das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – para dizer que o novo presidente norte-americano conseguiu mostrar ao país quão frágil é realmente a liberdade.

“O diabo prospera quando os bons homens nada fazem”, citou o Entertainment Weekly.

Num discurso emotivo, a atriz acrescentou, em lágrimas, que os prémios e distinções que recebe fazem-na falar sobre a situação do país, embora vá contra o seu instinto natural fazê-lo.

E conseguiu ainda brincar com a descrição que o presidente dos Estados Unidos da América fez dela ao considerá-la sobrestimada. Em resposta, a atriz, que recebeu em janeiro a sua vigésima nomeação para um Óscar, disse que estava “sobre-censurada”.

Imagem de destaque: REUTERS/Win McNamee/Pool