Tim Bernardes: “É um espetáculo onde canto canções da mesma forma que as compus”

Tim Bernardes
Fotografia de Jorge Amaral/Global Imagens

O músico brasileiro Tim Bernardes, também líder da banda O Terno, vai regressar a Portugal no próximo mês de setembro para apresentar o seu mais recente álbum a solo, Recomeçar, lançado em 2017. Já tem concertos marcados para Lisboa, Porto, Aveiro, Santarém e Braga.

“São seis datas em setembro. Vai ser uma oportunidade de fazer, em salas um pouco maiores, o espetáculo completo do Recomeçar. No Brasil, quando lancei o álbum, atuei em teatros antigos, salas grandes com piano. É um espetáculo onde canto canções da mesma forma que as compus, como se estivesse no meu quarto. Tento puxar para esse clima íntimo de conversa e mostrar as músicas num formato cru”, revelou ao Delas.pt Tim Bernardes.

O jovem de 28 anos é um dos nomes mais queridos da pop alternativa brasileira. Caetano Veloso já o considera “uma maravilha de afinação, controlo da dinâmica, refinamento, execução instrumental e liberdade na elegância do uso de palco e da luz”. Elogios que deixam o cantor bastante orgulhoso.

Fico muito feliz porque, para mim, ele é um dos grandes artistas mundiais. Ainda por cima fala de afinação, ele que tem uma voz maravilhosa. Mais do que a musicalidade, ele é um homem que pensa muito a música, o mundo e o Brasil. As letras dele têm muita substância e profundidade. Fico mesmo muito lisonjeado porque ele é um dos grandes, o meu favorito”, explicou o músico.

No ano passado, Tim Bernardes esteve nomeado para o Grammy Latino de 2018, na categoria de “Melhor Álbum de Música Alternativa em Língua Portuguesa”. Em território luso já tem alguns artistas fãs assumidos da sua arte. Um deles é Salvador Sobral.

“Quando vim cantar o Recomeçar pela primeira vez, o Salvador não conseguiu bilhete porque tinham esgotado em Lisboa. Então ele foi até Setúbal, numa pequena sala, assistir ao concerto. Não tivemos muito tempo para estarmos juntos, mas neste regresso já estamos a combinar sentarmo-nos, tomar café e, quem sabe, tocar um pouco juntos”, recordou Tim Bernardes.

Este ano o brasileiro atuou no festival NOS Primavera Sound, no Porto, com a banda O Terno, mas antes, no verão de 2018, deu concertos em nome próprio em Lisboa, Setúbal e Espinho. Com a banda, que está a ter um grande crescimento no panorama musical do seu país, estabeleceu amizade com os portugueses Capitão Fausto, com quem têm muitas referências musicais em comum.

“Os Capitão Fausto conversam com uma geração, com a juventude, tentando colocar as angústias, pensamentos e sentimentos nas letras. O Tomás Wallenstein é um grande letrista que fala sobre o nosso tempo de uma maneira muito simples, quotidiana e profunda”, afirmou o autor do disco Recomeçar.

Para os portugueses que ainda não conhecem a sua música, Tim Bernardes deixa um convite.

Vir do Brasil com as canções que compus no meu quarto, atravessar o Atlântico, chegar aqui e ter gente a cantar as minhas músicas é emocionante. Nem sei explicar o quanto fico feliz. Aos que não conhecem, quero deixar o convite. Vai haver uma digressão em setembro, numa série de cidades. Os bilhetes já estão à venda e vou adorar receber todos”, acrescentou Tim Bernardes.

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