Se se quer inscrever para tomar vacina, mas não está inscrito no Serviço Nacional de Saúde (SNS), então, deve ir até ao site da Covid-19, do Ministério da Saúde, e preencher um formulário onde lhe é pedido o nome completo, data de nascimento e o número de utente, uma da sequência de dígitos que está na parte de trás do cartão do cidadão. Desta forma, mesmo não sendo seguido pelo SNS pode fazer a inscrição.
Espera-se que esta quinta-feira, 28 de janeiro, o grupo de trabalho do plano de vacinação contra a covid-19 apresente a atualização do Plano Nacional e faça um balanço do primeiro mês de vacinação.
Esta apresentação surge depois de terem sido anunciadas atualizações no plano para se poder incluir nos grupos prioritários titulares de altos cargos de decisão e bombeiros, por exemplo.
Esta semana, numa carta aberta divulgada na imprensa, especialistas em infecciologia, pneumologia, virologia e saúde pública defenderam que os critérios de vacinação fossem alterados para dar prioridade aos maiores de 80 anos.
Sublinhando que o que os move “não é um juízo político, mas um imperativo ético e uma preocupação científica”, nomes como António Silva Graça (epidemiologista), Pedro Simas (virologista), Filipe Froes (pneumologista) e Constantino Sakellarides (especialista em saúde pública) defendem que “a forma mais eficaz de reduzir o número total de mortos é vacinar os maiores de 80 anos e o pessoal médico e de saúde”.
O plano de vacinação contra a covid-19 está dividido em três fases, a primeira das quais, a decorrer, abrange profissionais de saúde e idosos e pessoal que os acompanha nos lares. Esta fase, que se prolonga até final de março, inclui também profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos.
Nesta fase serão igualmente vacinadas, a partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
A segunda fase arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos de idade, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.
Na terceira fase será vacinada a restante população, em data a determinar.
CB com Lusa