Tony Miranda apresenta coleção que reflete confinamento e guerra e propõe luz

DESFILE PAÇO DOS DUQUES _GUIMARAES 2012
[Fotografia: Divulgação]

Sob o mote ‘Recomeçar 2023 – Liberdade e Paz’, o estilista Tony Miranda vai apresentar a coleção privada 2023, composta por 80 coordenados femininos e masculinos, na quarta-feira, 19 de outubro, no Jardim TM Luxury Apartments, em Lisboa.

Um desfile que vai ser “composto por dois momentos: o inicial – noturno e um pouco nostálgico – como referência aos períodos de confinamento da pandemia da Covid-19 e à guerra na Europa (..), com modelos com tecidos pretos e brancos e com cinzentos”, e o segundo que “terá lugar para a luz, para a cor, a esperança e a liberdade. Haverá brancos, mas também verdes, rosas, azuis, vermelhos, dourados e prateados”, refere a nota enviada à comunicação social.

“Precisamos de recuperar dos traumas: precisamos de nos voltar a sentir livres”, diz o estilista. Que prossegue: “A economia está a crescer, precisamos de construir uma cultura de paz, uma cultura de convívio entre as pessoas, de diálogo, de compromisso”.

Tony Miranda começou o seu percurso profissional na moda aos 18 anos, quando integrou a casa de Joseph Camps, um dos maiores mestres da alta-costura francesa. Em 1967, “entra na casa Ted Lapidus e, ao fim de dois anos, ascende ao cargo de diretor da área criativa e de modelismo. Nos dez anos seguintes foi o responsável pela ‘griffe’”, lê-se na nota biográfica do criativo

Em 1979, 12 anos depois, abriu o seu próprio ateliê de alta-costura na 61 bis, Avenue Suffren, e, mais tarde, abriu a “boutique Tony Miranda no nº5 da Rue Cambon”.

[Fotografia: Divulgação]
De entre as personalidades mundiais que vestiu, Tony Miranda assinou peças para o “Shah da Pérsia, Mohammad Reza Pahlevi, Principe Saud Al Faisal e Principe Turki, Kamal Adams, Mardam Zuer, Presidente Omar Bongo e Madame Edit Bongo, Félix Houphouët-Boigny, o Presidente do Togo, General Étienne Eyadéma, Charles Aznavour, Jacques Brel, Brigitte Bardot, Sylvie Vartan e Brigitte Fausset, entre muitos outros”.

Em 1989 abre um ateliê de Alta-costura em pleno centro histórico de Guimarães, mantendo, contudo, uma forte atividade em Paris. Mais tarde, nos anos 90 do século passado, comprou o prédio do número 92 da Avenida da Liberdade, em Lisboa, espaço onde apresenta o seu trabalho e centraliza o atendimento ao público.