
Empregos suspensos, lay-off, contratos temporários, colaboradores e recibos verdes com muito menos trabalho ou mesmo sem nenhum e todos sem datas para que a normalidade regresse. Embora o governo tenha falado em medidas que se possam estender até junho, tudo está em aberto. E a verdade é que só o controlo da pandemia do Covid-19 poderá encaminhar todos para o regresso à normalidade.
Mas estará tudo como deixámos? A resposta parece já estar a ser desenhada e é não. Há entidades, como a intersindical CGTP, que denunciaram já despedimentos em curso e enviaram lista para a Autoridade para as Condições do Trabalho.
A meio do mês de março, a Organização Mundial do Trabalho estimava, no cenário mais duro, uma perda mundial de 25 milhões de empregos e cerca de ⅕ nas projeções mais conservadoras. Números devidos à crise provocada pelo novo Coronavírus e que podem estar longe da realidade. Nos Estados Unidos da América, segundo avança o site Huff Post, o Economic Policy Institute prevê que 14 milhões de empregos terão desaparecido no verão.
Numa altura em que domina o medo de contrair Covid-19, o futuro económico não gera menos preocupações. Por isso, nada como começar a tomar medidas para que possa ir gerindo o imprevisto e a eventual quebra de rendimentos.
Reavalie gastos: Não há volta a dar, esta é mesmo a hora de olhar para os seus rendimentos e gastos e ver, neste segundo capítulo, onde pode cortar. Pode optar por começar a instituir rituais e novos hábitos de poupança em casa.“É preciso perceber até onde pode ir caso o seu trabalho seja reduzido ou mesmo terminado, devendo tomar medidas para cada uma dessas possibilidades”, afirma ao site Ande Frazier, CEO do MyWorth ao site Huff Post.
Informe-se: Veja os direitos que tem quer ao nível da proteção do seu trabalho, dos subsídios a que tem direito em tempo de medidas de exceção. Veja também os prazos de tudo isso e comece a pensar contratos com serviços móveis, a verificar as suas condições bancárias e cartões.
Reveja dívidas: O governo e as entidades bancárias têm vindo a introduzir alterações e moratórias em empréstimos até 30 de setembro. É preciso verificar de que forma está abrangido por estas regras definidas em tempo de exceção por Covid-19. O mesmo acontece com as rendas de casa.
Crie ou reforce um fundo de emergência: Poupar é a regra de ordem. O que não gastar agora naquelas despesas, guarde esse dinheiro para mais tarde e para fazer frente a um compasso de tempo para um novo trabalho.
Comece a estabelecer contactos: Agora, mais do que nunca, é tempo de enviar currículos, de estar atento a todas oportunidades, afinal está a disputá-las com milhares de pessoas ao mesmo tempo. Prepare-se, utilize este tempo para atualizar o seu currículo, portefólio, toda a informação profissional que apresente nas redes e comece a fazer entrevistas, mesmo sem ser presenciais. As redes sociais são a ferramenta ideal.
Tenha um plano B: É sempre arriscado depender de uma única fonte de financiamento. Por isso, veja que plano B possa por em marcha. Mais confinados em casa, talvez a solução seja, novamente, o universo online e as redes sociais, mas pode começar a preparar-se para dar alento a uma outra vocação que tenha e à qual não deu o devido crédito.
Tenha o pedido o desemprego pronto: Quanto mais rápido atuar, mais depressa tudo ficará resolvido. Por isso, tenha há reunida toda a documentação para submeter o pedido.
Cuide da sua saúde mental: Esta é uma boa altura para prestar atenção à sua saúde mental e, desde linhas de apoio até mesmo a consultas por via do seu seguro de saúde, se estiver em casa confinado tem agora o momento certo para agir pela prevenção.