“Temos um deputado no Congresso que dizem que está lá há muito tempo. Chamam-lhe ‘Pocahontas‘. Mas, eu gosto de vocês”, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, referindo-se à senadora Elizabeth Warren, a democrata eleita pelo Estado do Massachusetts e de quem o chefe de Estado tem escarnecido com alguma frequência.
Trump fez esta declaração na segunda-feira, 27 de novembro, aquando de uma receção a veteranos combatentes índios, da tribo Navajo, na Segunda Guerra Mundial, para voltar a criticar a senadora, tratando-a por ‘Pocahontas’.
Trump recebeu na Casa Branca três dos Navajo que durante a Segunda Guerra Mundial desenvolveram um código, baseado no seu idioma, para enviar mensagens cifradas e impedir que o inimigo alemão as entendesse caso as intercetasse.
Recorde-se que Pocahontas é o nome de uma princesa ameríndia do século XVII, usada em textos e numa banda desenhada e que foi já alvo de um filme da Disney.
Em entrevista à estação televisiva MSNBC, a senadora democrata – considerada este ano pela revista Forbes uma das 100 personalidades mais influentes do mundo – considera que é “profundamente lamentável que o Presidente dos Estados Unidos não possa aguentar nem sequer uma homenagem a estes heróis sem ter de fazer um insulto racial“.
Releia: Um ano de casa Branca, um ano negro para as mulheres
A Casa Branca assegurou que Trump não fez qualquer ofensa, ao referir-se a Pocahontas, com a assessora de imprensa, Sarah Huckabee Sanders, a contrapor que ofensiva é a reivindicação de Warren sobre a sua ascendência.
No passado, os líderes nativos norte-americanos têm considerado os ataques de Trump a Warren como ofensivos e desagradáveis.
CB com Lusa
Imagem de destaque: Brian Snyder/Reuters
