Truques para sobreviver à menopausa no verão

A chegada da menopausa significa perda da capacidade reprodutiva e afrontamentos para dois terços das mulheres. Durante o verão, com os picos de calor, esta mudança no organismo feminino pode tornar-se ainda mais desconfortável. Para que possa viver esta época do ano sem que a menopausa lhe provoque uma diminuição significativa da qualidade de vida, o ginecologista-obstetra Pedro Conde, do Hospital CUF Descobertas e da Clínica CUF Almada, deixa-lhe alguns conselhos.

“Existem medidas gerais que qualquer mulher pode tomar como a climatização (diminuição da temperatura ambiente através de ar condicionado, circulação de ar, ventoinhas ou recurso a leques); utilização de vestuário mais fresco e arejado; hidratação com cerca de 1,5 a 2 litros de água diariamente; evitar comidas demasiadamente quentes e/ou picantes e bebidas alcoólicas. Em alguns casos, o profissional de saúde poderá receitar, caso não existam contraindicações à sua administração, uma terapêutica hormonal”, explicou ao Delas.pt Pedro Conde.

Mas não são só estas as alterações que se podem dar no organismo feminino nesta fase da vida. Podem também surgir mudanças psicológicas favorecidas pelos desequilíbrios hormonais e, muitas vezes, por influências socioculturais e pessoais (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ver quais são, segundo o ginecologista-obstetra Pedro Conde, os mitos mais comuns sobre a menopausa).

É frequente a mulher referir falta de energia, cansaço fácil, insónia, labilidade do humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, falta de memória e diminuição do desejo sexual”, sublinhou o médico.

A nível sexual ocorre uma diminuição dos níveis hormonais, tendo um impacto negativo. No entanto, a idade, a existência de doenças crónicas, a toma de medicação, a mudança da imagem corporal e os fatores psicológicos também podem contribuir e influenciar negativamente o funcionamento sexual.

“Por outro lado, na menopausa surge atrofia genital, que diminui a elasticidade da vagina, provoca secura vaginal, ardor, irritação local e dor, dificultando o ato sexual. Assim, nesta fase da vida da mulher, verifica-se um decréscimo da atividade sexual resultante, entre outros fatores, da atrofia genital, da diminuição do desejo sexual e da dor na atividade sexual“, afirmou Pedro Conde.

Estudo revela que menopausa pode aumentar dor crónica

Um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, concluiu que as mulheres que estão na menopausa têm mais probabilidade de vir a sofrer de dor crónica. O neurorradiologista Pedro Gonçalves Pereira comentou os resultados desta investigação esta segunda-feira, na RTP.

“As alterações hormonais que estão associadas à menopausa são uma causa muito comum de aumento de sensibilidade à dor em vários outros órgãos, nomeadamente a coluna vertebral, e há dois fatores importantes. O primeiro é a menopausa potenciar a osteoporose, o que é um fator de risco para fraturas da coluna vertebral. Uma em cada três mulheres corre o risco de desenvolver fraturas por osteoporose nessa fase da vida. Em segundo lugar ocorre o agravamento das condições normais de degenerescência da coluna, associada a problemas de hérnias e artroses”, acrescentou Pedro Gonçalves Pereira.

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Menopausa: Uma grande chatice chamada flacidez da pele