Um ano depois da saída de Cristina da SIC: os efeitos do “furacão” da Malveira

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Fotografia: Instagram Cristina Ferreira

Daniel Oliveira ainda digeria a informação, naquela altura oficiosa, da saída de Cristina Ferreira da SIC para a TVI e o confronto, nos bastidores do Programa de Cristina, durante a madrugada, não terá sido meigo entre os dois. Certo é que a apresentadora estava mesmo fora da estação de Paço de Arcos e se preparava para regressar à TVI, com cargo de direção e, também, com 2,5 por cento da estação. Em choque, a SIC punha Cristina Ferreira em tribunal e continua a exigir uma indemnização de 20 milhões de euros, por não ter cumprido o contrato; de férias, no Alentejo, a comunicadora garantia que “setembro é já amanhã”, numa referência ao regresso à casa mãe. Acabou, até, por regressar em agosto, multiplicou-se em reuniões – inclusivamente com a produtora de novelas Plural -, e começou a montar o seu programa semanal Dia de Cristina, que acabou repentinamente por causa das más audiências. Pelo meio, fez regressar Teresa Guilherme ao Big Brother – este sim, um formato com bons resultados junto dos telespetadores -, puxou Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz para as manhãs, no Dois às 10 e, pela primeira vez, Manuel Luís Goucha teve direito a um programa em nome próprio nas tardes. Seguiu-se uma saída e um regresso: Fátima Lopes, uma das pontas-de-lança da estação, abandonou a TVI por não querer perder dinheiro a apresentar um programa aos sábados -houve quem dissesse que Cristina não fez tudo para segurar a profissional -, enquanto regressou Gabriela Sobral para assumir a direção das novelas da Plural. O Big Brother, mais tarde com Teresa Guilherme e Cláudio Ramos, continuava a ser o sustento nas audiências e nem o “importado” All Together Now – que, mais pelas atuações ao vivo, ficou marcado pelos vestidos de Cristina Ferreira nas galas -, resistiu aos (maus) resultados no confronto com Hell’s Kitchen, de Ljubomir Stanisic, na SIC. O formato com 100 jurados acabou por ser substituído por O Amor Acontece, que sossegou a diretora de Entretenimento e Ficção nos resultados: os telespetadores elogiam os quatro casais e, sobretudo, os locais de luxo onde se relacionam. Cristina ComVida tem sido a “arma de arremesso” com que a apresentadora combate a SIC e a RTP nas tardes, mas o formato em nome próprio demora a ganhar e já se fala em fim antecipado, apesar dos “bonecos” de Eduardo Madeira serem um sucesso. Sucesso é, isso sim, o Festa é Festa, novela da autoria da própria Cristina, que bate a concorrência. Entre polémicas e revoluções, um dado é adquirido: apesar da liderança incontestada da SIC, a TVI está agora mais próxima do canal de Daniel Oliveira antes da chegada da “loira da Malveira” a Queluz de Baixo: já esteve a seis e, agora, está a quase dois pontos percentuais na média de audiências do ano… que acaba por ficar marcado por uma pequena polémica: segundo noticiou o JN neste sábado, Cristina Ferreira ainda não tem licença de utilização na sua casa da Malveira.