Ainda nem está vulgarizado entre nós o copo menstrual, aquele instrumento de recolha do fluxo do período feito em silicone ou outro material relativamente moldável que se coloca no interior da vagina. Sim, aquele copo que devemos despejar quando está cheio, lavar e voltar a colocar, com as nossas mãos.
As reações a este aparelho, comprovadamente mais ecológico e menos danoso para o ambiente quando comparado com os pensos higiénicos e os tampões não têm sido fantásticas. Não há notícia do copo menstrual se ter tornado um best-seller em farmácias, apesar não haver registo de síndrome de choque tóxico como no caso dos tampões, ou de ser bastante mais barato uma vez que com cinco ciclos menstruais, em média, é coberto o custo do mesmo e o copo, de acordo com os produtores, pode durar até aos dez anos em boas condições.
Se nós, em Portugal, ainda não aderimos à moda, há quem esteja muito à frente e tenha inventado um copo menstrual smart, smart como o smartphone, e com ligação a este para enviar mensagens. Qual é a ideia de receber mensagens da nossa própria vagina? Saber que o copo menstrual está quase cheio e que está na hora de o ir despejar e lavar. Porque essa é uma questão pertinente: como é que se sabe que o copo menstrual está no limite da capacidade?
A Looncup, marca responsável pela sua invenção e colocação no mercado explica:
“Está ligado a uma aplicação no smartphone, que lhe dirá em tempo real como está o copo, quando está na altura de o esvaziar e o volume do seu fluxo. À medida que vai ficando cheio copo vai enviando-lhe mais e mais alertas.”
E onde é que está localizado o sensor? Simples: na patilha que usamos para o retirar da vagina.
O Smart Looncup ainda não está à venda, é uma invenção de uma startup, mas pode ser encomendado. O sistema está patenteado na Coreia e na página da kickstarter onde o site está alojado há muitas queixas relativamente ao reembolso dos que apostaram na empresa. Mas a ideia é boa. E se alguma empresa portuguesa a patenteasse?