Um em cada quatro homens acha aceitável o assédio no trabalho

Quase um em cada quatro homens, no mundo, pensa que é normal os patrões esperarem ter sexo com os empregados.

A conclusão é de um novo estudo da empresa de sondagens americana Harris Poll, citado pelo Huffington Post, que revela que 23% dos homens (cerca de um em cada quatro), em diferentes países do mundo, considera que, às vezes ou sempre, é aceitável um patrão alimentar a expectativa de ter relações sexuais com os seus trabalhadores.

A investigação, que foi tornada pública na quinta-feira passada, Dia da Mulher, entrevistou 9400 adultos em países como a Austrália, o Equador, o Egipto, a Índia, a África do Sul, os EUA, o Reino Unido e o Vietname.

De acordo com o estudo, 32% das mulheres e 21% dos homens afirmou que sofreu assédio ou abuso sexual relacionados com a sua atividade profissional.

Além disso, a investigação reflete também comportamentos abusivos entre colegas. Na Índia, 33% dos inquiridos disse sentir que era sempre ou ocasionalmente aceite assobiar ou “bichanar” a um colega. No Reino Unido, 35% dos inquiridos, com idades entre os 25 e 35 anos, disse acreditar que é aceitável apalpar o rabo a um colega como forma de brincadeira.

A investigação revela ainda que entre as mulheres questionadas, 65% acredita que o movimento #MeToo poderá ter um impacto positivo nos seus próprios países, isto apesar de o assédio sexual no trabalho não ser sequer ilegal em quase um terço do globo.

Como resposta a este estudo, a organização não-governamental CARE – que apoio a pesquisa – lançou uma petição para pedir à Organização Mundial do Trabalho que crie novos regulamentos globais que contemplem o fim da “violência nos locais de trabalho”.

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